segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Contrato pré-nupcial: confira dicas para um casamento sem dor de cabeça

Crédito/MSN
Contrato pré-nupcial

Contrato pré-nupcial: confira dicas para um casamento sem dor de cabeça

É possível fazer um acordo que se adeque ao gosto dos dois

quarta-feira, 24 de junho de 2009 14:26
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Crédito/MSN
Contrato pré-nupcial
Na hora de começar os preparativos para o casamento, é natural pensar na festa, no vestido e nos mínimos detalhes da cerimônia. Unir-se a alguém em matrimônio, porém, envolve questões jurídicas importantes que devem ser discutidas e analisadas antes de subir ao altar.

Ao se casar, Joana*, de 30 anos, abriu mão de uma promissora carreira profissional pois seu noivo havia sido admitido em um doutorado nos Estados Unidos. Diante da situação, o casal decidiu procurar um consultório de advocacia para se orientar a respeito de um regime de bens adequado ao momento da
vida dos dois.

Como não é obrigatório seguir uma das opções disciplinadas pelo Código Civil, Joana escolheu um regime misto: "Combinamos que, nos primeiros cinco anos de casamento, vigoraria o regime de comunhão parcial de bens. Quando estivéssemos de volta ao Brasil e eu pudesse retornar ao mercado de trabalho, passaria a vigorar o regime de separação total de bens".

A advogada Ana Luiza Nevares, especialista em Direito de Família do escritório Bastos-Tigre, explica que a escolha do regime é a principal questão jurídica a ser resolvida por um casal prestes a se unir em matrimônio. "Os casais devem escolher o regime de bens da união. São eles: separação total, comunhão parcial, comunhão universal e participação final nos bens que foram adquiridos na vigência do matrimônio. É possível, ainda, criar um regime diverso dos existentes, segundo a conveniência dos noivos", esclarece. "Os regimes influenciam não só a divisão patrimonial, como a possibilidade de comunicação entre os cônjuges de dívidas e a sucessão hereditária. Por isso, deve ser uma decisão bem pensada e refletida".

Pacto pré-nupcial não é só coisa de artista e jogador de futebol para fugir de noivos interesseiros. De acordo com a advogada, a medida previne problemas em possíveis litígios futuros para aqueles que têm uma conta bancária menos abastada: "O pacto pré-nupcial é o contrato assinado antes do casamento, relativo à eleição das regras que vão reger a vida patrimonial dos cônjuges, podendo conter outros ajustes. O acordo é importante para escolher um regime diferente da comunhão parcial. E para deixar clara a intenção quanto à divisão dos bens e das dívidas, bem como quanto à sucessão hereditária".

Ana Luiza alerta que, no pacto, não podem existir cláusulas que contrariem a lei ou relativas a deveres do casamento: "Fidelidade e respeito mútuo não são ‘negociáveis'".

Sobrenomes
Com a nova legislação, tanto o homem quanto a mulher podem incorporar o sobrenome do cônjuge ou permanecer com o nome de
solteiro. "É preciso indicar no processo de habilitação a alteração do nome. Para isso, é necessário apresentar certidão de casamento com a indicação de alteração", orienta Ana Luiza.

Outra dúvida que a advogada costuma esclarecer no escritório diz respeito à presença do juiz de paz em locais privados. Vale ressaltar que a opção é mais cara. "Os noivos devem informar no processo de habilitação de casamento o lugar da cerimônia, bem como se o casamento civil será realizado juntamente com o religioso. Além disso, os honorários devidos ao cartório da Circunscrição Civil são maiores quando os noivos pretendem casar em lugar privado. Há um prazo para que os noivos façam o requerimento. Os preparativos legais devem ser tomados cerca de quatro meses antes".

Quem acha que tomar esse tipo de providência legal pode não ser tão "legal", Ana Luiza dá a dica: "Não é deselegante. Trata-se, sem dúvida, de um assunto delicado. Por isso, deve ser abordado com serenidade pelos noivos. De toda forma, é muito importante prevenir conflitos e, ainda, ter a
oportunidade de celebrar um pacto antenupcial que reflita a intenção dos noivos quanto aos bens que serão adquiridos ao longo do casamento".

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

oque é mais difícil em um casamento

10 áreas críticas do casamento

As regras para um bom casamento podem ser aprendidas, e a idade não é o maior problema. Além do mais, ninguém já nasce feito um bom marido ou boa esposa. Por isso, quero apresentar, no programa de hoje, 10 áreas críticas do casamento.

A primeira área crítica do casamento é a comunicação. A comunicação envolve transmitir e receber. O transmitir está relacionado com cada coisa que falamos ou demonstramos de forma não verbal sobre nós mesmos.
O receber corresponde a tudo que ouvimos ou percebemos e vemos na outra pessoa. Só que antes de qualquer comunicação precisamos estar "ligados", e isso é muito difícil. Desde bem cedo na vida, as pessoas são treinadas para bloquear seus sentimentos porque não desejam ser vulneráveis, ser criticadas ou receber desaprovação.
Para haver comunicação é necessário uma boa sintonia entre duas pessoas. E uma perfeita sintonia só é possível quando há confiança, compreensão e apreço. A pessoa deve se sentir "em boas mãos", caso contrário, ela será muito seletiva quanto a suas revelações.

A segunda área crítica do casamento, que quero destacar é o carinho. Carinho tem que ver com sua capacidade de dizer: "Eu te amo". Inclui palavras, afetos físicos e tudo o que um faz pelo outro.
Uma das mais trágicas constatações sobre a maioria dos casais, hoje em dia, é que depois de casados não expressam o mesmo carinho dos tempos de namoro. Essa omissão é problemática porque o que expressamos afeta nossos sentimentos. E se nada expressamos, nossos sentimentos também se apagam.

A terceira área crítica do casamento é o companheirismo. A capacidade de fazer os outros se sentirem bem. É possível julgar a qualidade do companheirismo pelo que representam os encontros com aquela pessoa, e se não há encontros...
Compare seus encontros de agora com os do tempo do namoro. Vocês gostam de ficar juntos a sós? Arranjam tempo para isso? Ou é exatamente o que não acontece? A maneira como usam o tempo em que estão juntos é o que determina se há ou não companheirismo.

A quarta área crítica do casamento: interesses. Os interesses correspondem àquelas coisas da vida pelas quais você toma a iniciativa. Esportes, hobbies, passatempos artísticos ou devocionais, podem ser considerados interesses. Ou seja, tudo aquilo que dá qualidade à vida.
Ter e desenvolver interesses individuais é bom, mas não o suficiente. É o partilhar coisas em comum, é o identificar-se com os alvos dos outros que acrescenta laços e firma a unidade do casal. É importante aprender juntos, desenvolver um projeto em comum, sentindo a necessidade da participação do parceiro. O resultado será uma intimidade maior com a outra pessoa.

A quinta área crítica do casamento: valores. Todos têm uma escala de valores que inclui dinheiro, crianças, sexo, política, religião e muitas outras coisas. O que é importante para você também é importante para sua esposa ou marido? Algumas pessoas nem mesmo sabem o que é importante para o cônjuge.
Os valores religiosos, por exemplo, são muito importantes porque alargam os propósitos da vida. Se crermos que fomos feitos à imagem divina, vamos nos valorizar muito. E quem foi feito à imagem de Deus deve refletir essa imagem.

A sexta área crítica do casamento é o sexo. Aqui se inclui todo o relacionamento entre marido e mulher - não apenas um momento passageiro. O sexo está num olhar, num toque na maneira de se relacionar. É um comportamento especial que só existe entre marido e mulher. Se há relacionamento especial entre duas pessoas também haverá sentimentos particulares. Se eles forem compartilhados com outros, deixarão de ser particulares, especiais.
Muitas pessoas acham que já perderam o charme. O problema não é que perderam o charme, apenas deixaram de manifestar aquele comportamento que acende o charme.
A família é a sétima área crítica do casamento. Suas relações com a família vão refletir no relacionamento com o marido ou a esposa. Os papéis de marido e pai e mãe e esposa são inter-relacionados. Os filhos serão afetados pelo seu melhor ou pior relacionamento.
Como você considera a família nessa questão que envolve você e o companheiro? Qual a vez das crianças? As resoluções são tomadas levando em conta a "equipe" toda, ou a jogada é individualista?

A oitava área crítica do casamento é o social. Nenhum casamento é estável se funcionar como um clube privado. O casamento é uma relação social que se expande e se fortalece à medida que o seu amor extravasa atingindo a outras pessoas que o circundam. Marido e mulher devem ter amigos comuns mais do que um conjunto de amigos cada um.
Acho que Deus designou a família para ser um centro irradiador de testemunho para todo o Universo. A família não deve ser o fim do amor mas deve ser sua fonte. Se você tem uma família solidária, esse relacionamento deve influenciar os outros. Você deve se interessar pelas outras pessoas também.
Negócios - é a nona área crítica do casamento. Esse é um importante recheio do casamento. Compras, cheques, escolha de móveis, roupas, economias - essa parte administrativa não pode ser isolada das demais atividades do lar. Os negócios devem ser um fator de união do casal. Cada um deve saber o que outro está fazendo e deve aprovar suas atitudes.

E a décima área crítica do casamento que quero destacar: reavaliação. Com essa palavra quero lembrar a importância de o marido e a mulher trocarem idéias sobre o progresso de sua relação matrimonial. Essa reflexão acerca dos rumos, avanços e retrocessos é fundamental para descobrir a necessidade de alguma correção na rota ou para se ter uma idéia global das circunstâncias.

Amigo, todas essas 10 áreas críticas do casamento podem ser controladas se o casal quiser, e é possível que muitos estejam tentando isso. Aliás, quase tudo pode ser conseguido no casamento, se houver cooperação para isso. Ou seja, o lar pode ser um "pedacinho do céu na Terra" ou um inferno, dependendo de como se comportam marido e mulher.

Pastor Montano de Barros

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A GENTE APRENDE


Um dia a gente aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.

Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

briga entre irmaõs








Briga entre irmãos

Daniela Calderaro

“Tudo com que eu vou brincar o meu irmão quer. Se pego um jogo ele também quer segurar, se mudo de brinquedo, ele esquece aquele que eu tinha deixado ele levar e vem pra ver o que eu tô fazendo”, conta a pequena Flávia de 10 anos, sobre seu irmão caçula, o Felipe, de apenas 4. A mãe, dona Marilu Barros Franco, revela que nas férias as brigas aumentam. Como ficam mais ociosos, às vezes acabam se desentendendo. “Para acalmar os ânimos eu converso com eles e, se a situação não melhorar, separo-os um pouco, dando atividades diferentes”, desabafa.
O que a mãe e o pai devem fazer quando os filhos brigam? Ignorar, fazer de conta que não estão vendo? Interferir, avisar que ambos passaram do limite? Tentar entender porque o conflito começou, e decidir quem está errado? O tema é complicado e sempre mexe com a segurança emocional de toda a família. Ainda mais nesta época, quando todos estão mais disponíveis, devido às férias.
Na verdade é normal que irmãos briguem de vez em quando, durante a infância. Porém, aqueles que se engajam entre tapas e pontapés frequentemente, sem ter uma forma de aprender a ceder, nem que seja de vez em quando, experimentarão no futuro problemas emocionais duradouros como ansiedade, depressão e auto-estima baixa. Isso independente da posição de vítima ou agente dos atritos.
Rita de Cássia é venderora e mãe de três meninos. Ela relata que nunca sabe que atitude tomar quando o filho mais velho se envolve em briga, tanto na escola quanto com os irmãos mais novos. “O problema é que o caçula também é temperamental, e nunca fica quieto. Assim, meu filho do meio acaba sofrendo mais”, lamenta.
Dona Helena é avó de Luiza, dois anos, e Murilo, 6. As crianças são primas mas estão sempre juntas. “Apesar de muito nova, a Luiza já sabe bater e impor suas vontades e o Murilo, como é mais velho, nem sempre dá o braço a torcer. Consigo resolver os conflitos com muita conversa e sempre falo a eles que o papai do céu vai ficar triste, e eles param na hora e voltam a brincar normalmente”, relata.

Não bata em quem bateu

Dra. Juliana faz um alerta aos pais: “Todas as vezes em que o pai bate, agride seu filho, a criança passa a assumir o papel de vítima, e ele de culpado. Por exemplo, os filhos estão brigando por causa de um canal de televisão. O pai vai até a sala irritado e acaba dando uns tapas nos dois. Geralmente eles, que antes estavam se comportando como inimigos, se aliam e confrontam esse pai. Neste caso, evitar bater é o mais correto. Primeiro ofereça a essas crianças a chance de resolver entre si qual programa assistirão. Depois, caso eles não consigam, vá com firmeza e desligue o aparelho. Assim nenhum deles ganha o jogo”, explica.
Também é imprescindível não usar agressões verbais, nem dizer que os filhos acabam com a paz, que são um terror, etc. “Pai e mãe devem ter sempre em mente: Se eu agir dessa forma vou resolver a situação ou prolongar o clima de conflito”?

Educar não é fácil, mas é possível
Brigas entre irmãos são muito mais comuns do que se possa imaginar. “Isso porque as crianças não nascem sabendo partilhar, dividir e muito menos disputar atenção”, revela. Porém, a psicóloga ensina que mesmo sendo comum, cabe aos pais decidirem quando a situação já passou do normal.
Neste ponto, quando os gritos e os ataques estiverem insuportáveis, o basta deve vir dos pais, sim. “E a melhor atitude é aquela que ensina e não a que pune, apenas. Por exemplo: As crianças estão brigando porque uma pegou o brinquedo da outra. E nenhuma delas quer ceder. Nem a dona do objeto quer emprestar nem a que pegou sem pedir quer entregar. Pai e mãe podem pedir aos dois que sentem um ao lado do outro e resolvam a questão. Caso contrário, esse brinquedo da disputa ficará guardado por um tempo a ser estabelecido. Assim, se o confronto persistir não hesite, guarde o brinquedo e peça que eles pensem nesse assunto”.

Só brigam dentro de casa
Quem é que nunca viu essa cena: As meninas são calmas e educadas na escola, porém, dentro de casa parecem duas malucas, vivem se pegando e se provocando sem parar... Dra. Juliana fala que essa situação é bastante colocada pelos pais em consultório. “Afinal porque meu filho é educado e sabe conviver em grupo na escola e no clube, mas em casa, vive em pé de guerra com os irmãos?” Para a psicóloga isso é bastante comum, por que as crianças acabam levando para casa todas as suas emoções. “É na família que vivenciamos nossas maiores emoções, que aprendemos a amar, que sentimos angústia, enfim. E também as crianças sabem que os amigos da escola, do condomínio, podem ficar de mal, perder a amizade, se mudarem, e irmãos não, sempre estarão ali, não há o medo da perda”, concluiu.

Lista de livros

A experiência de educar os filhos sempre foi partilhada em diversas publicações literárias. Confira alguns mais lidos:
• Como educar meu filho, autora Rosely Sayão- Publifolha
• Como não criar um filho perfeito, da escritora Libby Purves- Publifolha

Excesso de confusão pede mais rotina
Para a psicóloga Juliana Marrara, quando as crianças estão com muito tempo para arrumar confusão dentro de casa é sinal de que está faltando o que fazer, além de horários estipulados para as atividades diárias como almoço, café da tarde, ida ao clube, a casa da avó, banho, guardar brinquedos e dormir. “Quando a família mantém as regras de funcionalidade, até nas férias, isto é, se os filhos sabem que há regras a serem cumpridas, mesmo sem estar em período de aula, as brigas podem ser abreviadas”, avisa.
Juliana faz outro comentário bastante notável: “Toda criança precisa de limite. Assim, ela sabe até onde pode ir. E, com regras a serem cumpridas se tornam mais seguras e menos imaturas”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

oração pessoal















ORAÇÃO PESSOAL

QUE EU TENHA A FORÇA DE SER EU MESMA, SEMPRE...
QUE EU POSSA FAZER O BEM, SEM SABER O PORQUÊ...
QUE EU NUNCA PENSE QUE ESSE ALGUÉM IRÁ ME RETRIBUIR...

QUE EU POSSA OUVIR PASSARINHOS CANTANDO...
QUE EU POSSA VER A IMENSIDÃO AZUL DO CÉU...
QUE EU DESCUBRA, BRINCANDO, O FORMATO DAS NUVENS...
QUE EU POSSA VALORIZAR A ALMA DA CRIANÇA QUE EXISTE EM MIM.

QUE AO ME LEVANTAR ENXERGUE A LUZ ATRAVÉS DO SOL...
QUE DIGA COM AMOR O BOM DIA DE CADA DIA. QUE A MINHA PRESENÇA SEJA SENTIDA, AMIGA.

QUE EU POSSA ME AGASALHAR NO CORAÇÃO DO MEU AMOR QUANDO SENTIR FRIO...
QUE EU ESTEJA AO SEU LADO NOS DIAS ALEGRES DE VERÃO...

QUE A GRANDEZA DO MAR SEJA A ENERGIA
QUE RECARREGA MINHA ALMA
QUE A MINHA EXISTÊNCIA FAÇA DIFERENÇA...
QUE MINHAS PALAVRAS SEJAM AMÁVEIS E DOCES. QUE SEJAM OUVIDAS DE FORMA LEVE, SUAVE, SUBLIME,
COMO ANJOS CANTANDO...

QUE EU POSSA ENTENDER O AMOR
DOS QUE NÃO SABEM DEMONSTRAR O AMOR QUE SENTEM..

QUE EU SAIBA SER DESAPEGADA DO AMOR DOS QUE NÃO SABEM AMAR...
QUE EU POSSA ENTENDER QUE NEM TODOS PODEM ME AMAR...
MAS QUE EU AME A TODOS, SEM DISTINÇÃO,
COM TODA A FORÇA E LUZ DO AMOR QUE EXISTE EM MIM.
(Texto de Oswaldo Begiato)

sábado, 15 de agosto de 2009

Por que os homens casados traem

Por que os homens casados traem

Isso é o que muitas pessoas queriam saber inclusive as mulheres casadas, por que os homens acabam traindo? Uma duvida que muitas tem e que acaba sendo até mesmo um mistério, sendo um assunto muito importante estar sendo comentado.

A traição, adultério, infidelidade é como um jogo de sedução onde a regra principal é não ser descoberto, o traído ou traidor sabe que o pacto de fidelidade que fizeram foi quebrado e com ele a relação pode acabar ou recomeçar de outro jeito.

Uma pesquisa realizada mostrou que um em cada cinco homens casados traiu pelo menos uma vez no ultimo ano, a diferença entre fiéis e infiéis pode ter relação com os hormônios cientistas estudaram o comportamento sexual de ratos que formavam pares e acabaram descobrindo um gene presente no hormônio vasopressina que controla apenas a pressão sanguínea, mas que influencia nos relacionamentos

Os homens têm a versão curta do gene e tendem a ser mais promíscuos e mais infiéis tendo a versão longa do gene a ser mais monogâmicos e a ficar mais vinculados em casa e a cuidar mais dos filhos, quem sabe no futuro quando estiver possível no futuro as mulheres não acabam exigindo dos maridos a fazerem o teste da vasopressina, e se o homem tiver a versão curta significa que não é tão confiável e será que ela irá casar com ele? Falando acaba sendo até muito engraçado, mas é um meio que usam para testar a fidelidade. Trair, por que as pessoas praticam esse ato?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Assine um tratado de paz com a sua sogra

As brincadeiras envolvendo as delicadas relações entre sogras e noras ou genros (foto) são muitas, mas as divergências contínuas podem causar um profundo mal estar e diversos transtornos nos protagonistas destas batalhas familiares. Em alguns casos podem chegar a levar ao divórcio do casal.

Segundo a psicóloga clínica Laura García Agustín, diretora do Centro Clavesalud, os problemas de relacionamento com a nova família estão entre os principais motivos que levam algumas pessoas a procurar ajuda profissional. Frases como "lá vem sua mãe de novo com isso" costumam ser o alerta de que algo não vai bem na relação.

A relação entre pessoas provenientes de ambientes e contextos distintos favorece o choque de valores, crenças, atitudes, normas e comportamentos.

"Cada família tem seu modo particular de levar a vida e seus próprios padrões de comportamento", afirma a psicóloga, autora do livro "Hacemos las paces?".

Quando entra um novo membro na família - a mulher ou o marido - pode haver atritos devido às diferenças de como cada um entende o mundo, ou pelas divergências que existem em matéria de hábitos e costumes.

Geralmente, os confrontos ocorrem principalmente entre sogras e noras. "Isto é bastante fácil de entender, embora inicialmente pareça um pouco estranho", explica García Agustín.

"As sogras são mães e, portanto, protetoras do lar. Quanto maior for o conceito de mãe abnegada que tenta determinar e canalizar a vida dos filhos, maior será a intromissão posterior. Elas se chocam com a nora porque esta é uma mulher como ela, e, por isso, assume as mesmas funções dentro do lar, agora o do seu filho", afirma a psicóloga.

As duas mulheres do homem
Normalmente, as sogras não entram em choque com os genros, porque estes costumam ser mais flexíveis que as noras, ou seja, não desejam responder ou questionar as opiniões ou recomendações da mãe da mulher porque, na maioria das vezes, não são dirigidas a eles.

"Embora os tempos tenham mudado, ainda ocorrem muitos conflitos entre as duas mulheres mais importantes para o homem: sua mulher e sua mãe. Ambas tentarão disputar sua atenção e, em maior ou menor medida, organizar a convivência futura", explica García Agustín.

Felizmente, as sogras e as noras não estão condenadas ao desentendimento eterno. Elas podem aprender a aproximar posições e tentar compreender o outro lado. Com habilidades de comunicação adequadas, podem se tornar mais condescendentes e, com isso, todos saem ganhando.
A primeira coisa que é preciso fazer para aproximar posições é respeitar a opção do outro. Com isso, fica mais fácil entender que o outro tem direito de ter pensamentos diferentes e de agir de uma forma distinta.

Por parte das sogras é fundamental que tentem sugerir um modo de fazer as coisas, mas sem imposições ou chantagens. Obviamente haverá certas atitudes e comportamentos da nora com os quais não compartilhará, mas nem por isso são errados ou devem se tornar o estopim para uma batalha.

"No caso das noras, é importante que não esperem que o marido coloque limites na própria mãe. Se uma mulher se irrita com algo que a sogra faz, ela mesma terá que expressar seu desacordo e marcar pautas a serem seguidas, mas sem envolver o marido", explica a psicóloga.

"Isso porque qualquer tentativa de que o marido tome partido apenas complicará as coisas e gerará mais tensão", adverte García Agustín.

"O que a nora tem que entender também é que a măe do seu companheiro também só quer o bem dele. Colocar-se na posiçăo da outra pessoa é uma 'dica' para perceber se vocę năo está errando a măo na defensiva.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Livre-se do sentimento de culpa

Livre-se do sentimento de culpa

É muito importante que nos libertemos das culpas, principalmente as que se referem aos nossos pais; tanto das culpas que atribuímos a eles, como as que assumimos por termos ou não termos feito algo por eles.

Do contrário, podemos repetir alguns conflitos que foram vividos na família, em nossos relacionamentos afetivos. Isso acontece porque todos nós tendemos a repetir, quando adultos, alguns padrões de comportamentos que tivemos na infância com o objetivo inconsciente de dissolver esses conflitos, principalmente se nos culpamos de algo. Quando não conseguimos com nossos genitores, tentamos com nossos companheiros.

Enquanto não identificamos esses conflitos familiares, iremos repetindo-os. Por isso é preciso reconhecer nossas feridas sem fugas para não repetirmos os mesmos padrões que tanto nos machucam. Há casos em que o inconsciente busca a reparação pela culpa, como por exemplo, uma criança que incentivou a mãe a se separar do pai por ser maltratada e quando se torna adulta não consegue se separar, como se quisesse reparar o mal que acreditou ter feito ao pai. Ou seja, a culpa por algo que fizemos ou deixamos de fazer ainda crianças pode se perpetuar e nos trazer muitos conflitos, pois o inconsciente pode buscar repetir o mesmo padrão ou reparar algo que acredita ter feito.

É comum pai e/ou mãe desejarem impor suas vontades aos filhos ao fazer com que se sintam culpados, e para alcançar isso recorrem à autoridade, poder, repressão, manipulação, cobrando que tenham atitudes conforme seus próprios valores, ignorando muitas vezes a individualidade de seus filhos. É certo que alguns filhos exageram em seus comportamentos e também não respeitam seus pais; mas sabemos de muitos casos onde os pais não respeitaram seus filhos desde pequenos e depois, quando estes são adultos, são cobrados pelo respeito que sequer receberam.

O mesmo podemos dizer em relação a carinho, atenção, cuidado e amor. Quantos pais não deram nada disso a seus filhos e depois esperam receber? Quantos pais deram a seus filhos a indiferença, o desprezo, a rejeição, o abandono e depois de anos desejam receber atenção, cuidado e amor? Como retribuir o que nunca foi recebido? Quantas culpas são geradas por essa cobrança interna por não conseguir dar o que não se teve? Mas será que esses pais tiveram dos pais deles? Ninguém dá aquilo que não tem. Como culparmos nossos pais por aquilo que não nos deram, se eles próprios não receberam e nem tiveram informações ou condições suficientes para mudarem a maneira de agir?

Da mesma forma, como podemos nos culpar quando não conseguimos dar o que também não tivemos? Não podemos nos culpar e nem culpá-los, mas podemos procurar entender toda essa dinâmica e aos poucos ir dissolvendo as culpas através do longo processo da compreensão e principalmente do perdão.

Origens da insegurança

Muitos pais geram adultos inseguros pelo excesso de zelo e preocupação, desdobrando-se em cuidados e atenção. A superproteção, onde o lema é 'para seu próprio bem', na verdade faz com que quem esteja sendo cuidado sinta-se incapaz de cuidar de si mesmo, pensar, realizar seja o que for, comprometendo assim sua auto-estima. É preciso muito cuidado para não dar ou realizar algo que é de responsabilidade e competência de outra pessoa, evitando assim que se sinta incapaz e se culpe por não conseguir. E isso acontece com muita freqüência em muitos relacionamentos, não só entre pais e filhos, mas entre casais.

Quando há superproteção, na verdade, está se subestimando a capacidade do outro, como se ele não a tivesse, ou ainda, para compensar a falta de amor, pelo outro ou por si mesmo. A proteção em excesso não traz crescimento algum. Superproteger é muito diferente de ajudar o outro a crescer, que requer acima de tudo respeito. Nem todos os pais respeitam seus filhos, independente da idade. Em muitos casos resolvem por eles, decidindo o que devem fazer, falar, sentir e se não corresponderem ao que é esperado, inevitavelmente serão culpados. É evidente que não estou me referindo aos filhos ainda pequenos, apesar de que, estes também devem ser ouvidos e suas opiniões consideradas. Afinal, as relações entre as pessoas são baseadas na troca, seja de energia, carinho, afeto, amor. E quando um só lado decide, não há troca.

Alguns de nós aprendemos desde cedo que devemos ser responsáveis pela felicidade do outro, o que também pode causar muitos conflitos nas relações. É muito comum o pai, muito mais a mãe, acreditar ser responsável pela felicidade de seu filho, gerando muitos conflitos e culpas, pois nem sempre o que é ser feliz para uma pessoa será para outra. Podemos sim fazer o outro mais feliz com nossas atitudes, mas isso não quer dizer que sejamos responsáveis por sua felicidade eternamente, pois isso compete a cada um de nós.

Presenciamos por anos mães abrindo mão de suas coisas, seus valores, suas vidas. Quantas vezes ouvimos sobre o quanto fizeram e, principalmente, o quanto deixaram de fazer por seus filhos? Quantos pais não dizem aos filhos que quiseram se separar, mas não o fizeram por eles? Como não sentirmos culpa diante de tanta dedicação? Essa ilusão em sentir-se responsável pela felicidade do outro, leva inevitavelmente a controlar, acusar, cobrar, produzindo a culpa. Desenvolvem-se assim, relacionamentos doentios, sejam entre pais, irmãos, amigos, ou nas relações afetivas.

Os outros e a culpa

Outra fonte de culpa é quando supervalorizamos o que outras pessoas falam e pensam sobre nossas atitudes, principalmente nossos familiares. Estamos sempre buscando reconhecimento, aprovação e querendo agradar, apesar de que muitas pessoas não percebem essa busca. E há sempre quem nos julgue, dê opiniões, mesmo quando não a pedimos. Enquanto permanecemos fazendo o que outras pessoas esperam que façamos para agradá-las, em virtude de nossa falta de amor-próprio, continuaremos dando-lhes oportunidades de nos julgarem.

Quem tem a necessidade de ser constantemente aprovado, reconhecido, acaba por ficar sempre na dependência de alguém e quando não é aprovado, se culpa por não ter conseguido corresponder ao que esperavam dele. Ou seja, quanto mais nos culpamos por não sermos como gostariam que fôssemos, e assim, dignos de sermos amados, mais submissos, fragilizados e dependentes ficamos. Quanto mais permitimos que nos impeçam de agir e pensar por nós mesmos, mais nos distanciaremos de nosso próprio desenvolvimento e crescimento, de nosso verdadeiro eu, o self.

É certo que tendemos a nos culpar quando não fazemos algo por nossa família, pelos quais podemos e devemos colaborar, mas conforme a nossa vontade e afinidade, dentro da nossa capacidade de fazer ou aceitar; o que é muito diferente de se submeter à vontade dos outros e ignorar os próprios valores e desrespeitar os sentimentos, isso não é ajudar, é perder o amor próprio.

Por que a constante busca em agradar, satisfazendo sempre as necessidades da família, amigos e se culpando toda vez que não consegue satisfazer a todos? Por que é tão difícil dizer "não"? Na verdade, todos nós estamos sempre buscando agradar a alguém, para que percebam o quanto somos bonzinhos, úteis, importantes, e assim, esperamos que nos aceitem, e acima de tudo, que nos amem e não nos abandonem.

No fundo

No fundo esperamos que nos amem pelo que somos e não pelo que gostariam que fôssemos. E isso pode ser a origem de muitos conflitos e culpas. O conflito é instalado pela dúvida, inconsciente, entre sermos o que realmente somos ou sermos como gostariam que fôssemos. Se formos quem realmente somos, não seremos aceitos, pois sabemos que não corresponderemos às expectativas esperadas e verbalizadas. Se formos como gostariam que fôssemos, é porque não nos aceitam como somos. Nos dois casos, não ser aceito implica em não ser amado, e todo o círculo vicioso se inicia. Anjos: 5

Nosso inconsciente faz a seguinte leitura: "Não serei amado se for quem sou e nem serei amado se for como gostariam, porque na verdade não sou eu. Se não sou aceito e nem amado é porque devo ser muito mau ou devo ter feito algo muito errado".

Conclusão: culpas e mais culpas. E com a culpa sempre vem junto a autopunição. Por isso temos tanta necessidade em agradar, para sermos aceitos e amados. E quanto menos conseguimos agradar, mais nos culpamos. Muitos conflitos e culpas poderiam ser evitados se 'simplesmente' nos aceitássemos e aprendêssemos a nos amar. Não é tão fácil assim, mas se analisarmos a origem de nossas inúmeras culpas e conflitos, podemos aos poucos dissolver a dor e angústia gerada por situações que já se passaram.

É preciso entender que nosso maior objetivo é a evolução, o crescimento, e ninguém consegue crescer se culpando por não corresponder ao que querem que seja, pois estará negando seu próprio eu, e onde há conflito, culpa, não há paz. Pense nisso!

Anjos: 2

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

É um método anticoncepcional que pode prevenir a gravidez, após uma relação sexual desprotegida, ou se o método anticoncepcional usado falhar (por exemplo, se a camisinha estourar).

Como funciona?

A anticoncepção de emergência evita a gravidez através de vários mecanismos, dependendo do período do ciclo. Os únicos confirmados são a inibição ou retardo da ovulação. Ela não afeta uma gravidez já estabelecida.

Quais as chances de que a anticoncepção de emergência falhe?

De cada cem relações sexuais, desprotegidas ou que o método anticoncepcional falhou, acontecem duas gravidez ou menos. Essa eficácia depende do tempo que passou após a relação sexual até tomar o primeiro comprimido; quanto menos tempo se passar da relação sexual desprotegida ou da falha do método usado, maior a eficácia da anticoncepção de emergência.

IMPORTANTE

A anticoncepção de emergência, como o próprio nome diz, é para ser usada em casos de emergência, como: estupro, estouro da camisinha, ou depois de uma relação sexual desprotegida. A eficácia é menor do que a dos métodos anticoncepcionais de uso regular.

Quais os efeitos colaterais mais comuns?

Esses efeitos colaterais são passageiros e não trazem nenhum mal a saúde, além de serem dificeis de acontecer.

  • Náuseas
  • Vômitos

Fonte: www.adolescencia.org.br

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

Pílula do Dia Seguinte

Modo de usar

A ginecologista Albertina Duarte, coordenadora do Programa do Adolescente do Estado de São Paulo, esclarece o que é mito e o que é verdade quando se trata do contraceptivo de emergência

A pílula do dia seguinte pode ser tomada até 72 horas depois da relação

Verdade. Depois do incidente você tem, no máximo, três dias para checar se estava no período fértil ou não, buscar orientação e adquirir a pílula. São dois comprimidos: um a ser tomado de preferência nas primeiras 24 horas, quando sua eficácia é maior, seguido de outra dose após 12 horas.

A pílula funciona como um abortivo

Mito. Ela age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum.

Preciso de receita médica para comprar a pílula

Verdade. Embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição. No entanto, mesmo que você dispense a receita, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso.

Ela pode causar efeitos colaterais

Verdade. O mais freqüente deles é a alteração no ciclo menstrual e do tempo de ovulação. Em outras palavras, vai ficar impossível calcular seu período fértil e o dia da sua menstruação será um verdadeiro enigma. Além disso, dor de cabeça, sensibilidade nos seios, náuseas e vômitos são sintomas comuns. No caso de vômito ou diarréia nas duas primeiras horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Quem tem organismo sensível a medicamento e está tomando a pílula com indicação médica deve pedir a indicação de um remédio contra enjôos para tomar ao mesmo tempo.

Não há contra-indicação

Mito. A pílula é contraindicada para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou obesa mórbida. Isso porque a grande quantidade de hormônio pode provocar pequenos coágulos no sangue que obstruem os vasos.

Se eu tomar repetidas vezes, ela perde o efeito

Mito. Ela não perde o efeito, mas o risco de você engravidar aumenta. Normalmente, ele já é de 15% se você tomar depois de 24 horas de transar, contra uma média de 0,1% da pílula anticoncepcional comum.

Posso trocar a camisinha pela pílula

Mito. Nem pense nisso. A pílula deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha. Além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara (custa em média 16 reais), o contraceptivo de emergência não a protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha.

Fonte: boaforma.abril.com.br

sábado, 8 de agosto de 2009

a madrastra

Especialista da Liga explica: conflitos da relação com a mãe ficam depositados na madrasta

Este novo caso da Liga das Mulheres tem despertado discussões muito boas e acaloradas aqui no nosso blog. Aproveitamos para nos aprofundar neste assunto com a nova especialista da Liga, a Dra. Sheiva Rocha, médica psiquiatra, diretora do Instituto de Ensino da Associação Psicanalítica do Estado do Rio de Janeiro e especializada em casal e família.

Dra. Sheiva, qual o papel da madrasta/padrasto hoje em dia?

Hoje predominam as famílias multinucleares. Com essa mudança, ocorre que temos crianças com várias madrastas ou padrastos. Logo, essa relação com a madrasta e com o padrasto ficou em geral mais amena, menos pesada.

Como a madrasta deve se comportar se não concorda com a educação que seu marido dá a seu filho/a?

Ela deve conversar com o marido. Primeiro explicando o porquê discorda, e mostrar que moram na mesma casa. E que se o enteado mora na mesma casa, os dois, marido e mulher, vão ter que encontrar um acordo de convivência.

Madrasta pode dar bronca?

A madrasta pode dar a bronca, tendo já conversado com o pai do enteado sobre o assunto.

Como conquistar sua enteada(o)?

Com franqueza e disponibilidade de conhecê-lo.

Como lidar com o ciúme da filha pela atenção do pai?

Como algo natural. Mostrar que são amores diferentes. O de pai para filha e o de marido para mulher.

O que fazer quando a criança mente para todos, mãe, pai e madrasta?

Tentar saber porque mente. E ter como prioridade a necessidade da conversa e da verdade.

Em que situações a ex-esposa se torna uma rival? O que fazer nesse caso?

A ex-esposa é uma rival quando ainda está na cabeça do marido. Quando ele dá espaço para ela.

De onde vem a idéia da madrasta má? É igual quando se trata de padrasto?

A madrasta vem desde as historias de criança. Ela entra na falta da mãe, logo num lugar muito difícil. A madrasta fica com todos os aspectos ruins da mãe. Fica sendo uma forma de deixar com a mãe as qualidades e com a madrasta os defeitos. Os conflitos da relação com a mãe ficam depositados na madrasta. A relação com a mãe é uma relação de muito dependência e de sentimentos muito fortes. Com o padrasto é mais ameno.

As madrastas sofrem preconceito social?

Acho que hoje em dia não. Elas não precisam entrar como mãe má.

Que dicas você dá para uma boa convivência dentro de casa?

O diálogo e a franqueza. Mostrando que para ambas é difícil essa nova relação.

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A Dra. Sheiva também deu seus conselhos profissionais para algumas internautas que nos escreveram contando suas situações.

Ana Paula Coimbra escreveu:

“Preciso urgente de ajuda! Sou muito feliz no meu casamento, pois amo meu marido e não tenho dúvidas do amor dele por mim. Porém, ele teve dois filhos no seu primeiro casamento , sendo que o segundo foi feito depois de ele já me conhecer. A ex-mulher dele ma magoou e ainda magoa usando este filho! E eu acabo não conseguindo ajudar meu marido. Sofro muito, vocês nem imaginam! E nem meu marido entende… Vou procurar um psicólogo, pois sei que estou entrando em depressão por isso. Acho que vou perder meu marido a qualquer momento , pois ele não tem contato com esse filho, que já vai fazer um ano. Não quero sentir ciúmes, mas não aguento nem ouvir ele dizer que sente saudades dos filhos. Me ajudem, pois

não quero ser a madrasta má. Sei que meu marido me ama, mas não sei o que acontece dentro de mim. Me ajudem! Como agir com uma ex-louca? E como ajudar meu marido se tenho ciúmes dele até com seus filhos? Beijos para todos do Fantástico.”

Ana Paula,

Não entendi bem como a ex-mulher de seu marido a magoou. Esses filhos, apesar de serem do casamento anterior, não são a ex-mulher. Você está com dificuldade de ver esses filhos dele como filhos e não como a mulher. É importante que ele possa ver os filhos, isso não quer dizer que ele queira a ex-mulher. Você deve fazer um esforço de tentar separar os filhos dele da sua relação com a ex-mulher. Isso provavelmente vai deixar seu marido com menos conflito com você, pois poderá ter você e os filhos.

Christiane escreveu:

“Minha dificuldade é de baixa autoestima, dificuldades para aceitar a separação de um casamento de oito anos. Não consigo me entende com a outra mulher por quem fui traída. Tenho muito ciúme da minha filha de cinco anos. E não consigo me relacionar com outro homem porque vivo a vida do ex. Preciso de ajuda. Me sinto muito culpada e ele acabou a relação dizendo que eu era feia e não servia mais pra ele, que tudo em mim era caído e ele queria tudo novo. Daí meu mundo acabou, não consigo mais gostar de mim. Tenho medo da madrasta, ela não é confiável, pois já disse que não gosta da minha filha. O que eu faço? Tenho medo de atrapalhar minha filha, pois ela ama muito o pai.”

Christiane,

Uma coisa é a relação de marido e mulher, outra é a relação de pai com filha. Você está se sentindo muito mal por ter perdido o seu marido. Ao perder o seu marido você se deixou confundir com o que ele disse de você. Não é ele quem vai dizer quem você é. O importante é você poder se cuidar e refazer sua vida com outra pessoa e sua filha. Inclusive, para sua filha é importante ver que o pai dela não vai destruir a sua mãe. Não ser um bom marido, não quer dizer que ele não possa ser um bom pai.

Steyce Santos escreveu:

“Gostaria de ter uma grande ajuda com relação à minha madrasta. Já tentei de tudo, mas não consigo ter ao menos uma relação agradável com ela. Já não sei se o problema é comigo ou com ela! E agora, tem até um motivo maior pra nossa aproximação: ela está grávida e eu amo crianças. Como faço? Podem me ajudar? Beijos.”

Steyce,

Que bom que você tenta uma boa relação com sua madrasta. É uma pena se ela não consegue. A única forma, é você tentar mostrar a ela que pai é diferente de marido.

Aline Camargo escreveu:

“Boa noite meninas, sabe eu tenho um dilema em minha vida: há três anos eu venho engordando e não consigo emagrecer. Tenho apenas 20 anos e é muito difícil achar roupas jovens do meu tamanho.

Eu fui criada sem mãe, ela me abandonou e desde pequena fui criada por meu pai e minha madrasta. Meu pai já faleceu há três anos e eu fiquei só com a minha madrasta. Mas temos muitas brigas. Ela tem 78 anos e joga direto na minha cara que eu não sou filha dela.

Gostaria muito de participar do programa, quem sabe minha autoestima melhora. E com ela alta e uma aparência melhor, fica mais fácil arrumar um emprego, pois estou desempregada e fazendo faculdade.”

Aline,

A sua madrasta não precisa te dizer que você não é filha dela. Você sabe. Importante é você cuidar de você para poder emagrecer e estudar. tente também procurar um estágio e desenvolver outras relações de amizade, em que você se sinta mais gratificada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

pessoas

Pessoas com data de validade vencida

Não sei você, mas eu tiro e sempre tirarei da minha vida as pessoas com data de validade vencida. Seja o relacionamento que for, se namoro, amizade. Pessoas que passam sem deixar marcas, sobretudo positivas, não fazem diferença em minha vida. Sabe quem não fede nem cheira? Pois é, estes são indiferentes para mim e, portanto, não merecem estar comigo.

Gente que não contribui ou acrescenta ou pior, atrapalha, trazendo energias no mínimo perturbadoramente negativas têm sim sua validade vencida. Tiro do caderninho com a mesma consideração que deram a mim. Não, não sou rude e peço que confessem e não se façam de rogados achando que nunca fizeram isso em suas vidas. Pense naquela pessoa que lhe azucrinava a paciência, promovendo brigas, conversas miseravelmente infelizes com pessimismo ou fofocas e que hoje você sequer lembra o sobrenome? Pois bem, seja bem-vindo ao grupo dos sensatos.

Assim como coisas passadas, vencidas, estragadas, que provocam mal estar ou que nos dão dor de cabeça, algumas pessoas também merecem e devem ser jogadas fora. Afinal, tiveram oportunidade de serem valorizados, mas não nos valorizou, perdeu, dançou.

Se você quer me manter em sua vida, aja de acordo. Seja presente, conquiste, não suma e muito menos me trate como se eu não existisse. Lembre-se que o olho por olho dos dias atuais pode ser muito pior do que antes. Aqui deixo então nossas condições: Não nos tratem como coisas. Não somos feitos para sermos usados. Portanto, antes de entrar nas nossas vidas pensem bem se farão alguma diferença. Do contrário, poupem-nos do trabalho de retirá-los pela validade vencida. E a quem lê, cuide para não ser também excluído por sua data de validade, afinal, reclamar e não fazer azeda qualquer relação.
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Traição feminina cresce e a masculina cai

Traição feminina cresce e a masculina cai

As casadas na faixa de 18 a 25 anos traem os maridos mais do que as mulheres de gerações anteriores. De acordo com 8.200 entrevistas feitas em dez capitais brasileiras, praticamente metade delas (49,5%) revelou ter tido relações extraconjugais.

O percentual de traições entre as mulheres de 41 a 50 anos é de 34,7%. Das entrevistadas acima de 70 anos, 22% admitiram ter cometido em algum momento de sua vida o adultério.

A pesquisa faz parte do estudo Mosaico Brasil 2008, coordenado pela psiquiatra Carmila Abdo, do ProSex (Projeto Sexualidade) da USP.

traicao_graficoOs homens continuam mais infiéis, mas o percentual deles vem caindo em comparação com o tempo de jovem da geração que hoje está com 70 anos [ver quadro], enquanto o número de adúlteras se mantém em alta. Numa projeção, em alguns anos elas deverão empatar com os homens ou até superá-los.

A Istoé desta semana, que publicou os dados inéditos do Mosaico, ouviu algumas mulheres sobre as razões que a levaram à traição. Uma das explicações mais frequente é a falta de atenção do companheiro.

"Fiquei carente e com quem vou conversar? Com o cara que eu via todo dia: passei a me relacionar com o dono do restaurante onde eu almoçava", disse uma delas.

Na avaliação do psicólogo Thiago de Almeida, que também pesquisa o assunto, a maior parte das traições das mulheres não é por desejo sexual, mas por envolvimento emocional com alguém quem convive e acaba tornando o seu amante.

Esse envolvimento ocorre com freqüência no ambiente de trabalho, onde as casadas têm amizade com homens com variadas personalidades. Trata-se de uma oportunidade para conhecer novas pessoas que as mulheres hoje com 70 anos não tiveram.

A revista conta o caso da diretora de marketing carioca Amanda (nome fictício). Diz ela: “Fiquei com um amigo que trabalhava comigo na festa de final de ano da empresa, em uma boate. Cheguei em casa e meu marido estava dormindo. Deitei ao seu lado e ele nunca desconfiou”.

De acordo com algumas pesquisas, estima-se que 60% das pessoas que trabalham no mesmo local tenham casos extraconjugais. É uma taxa tão alta, que tem de ser vista com reserva.

Mas é por intermédio da internet que a traição se inicia com mais freqüência. Na maioria das vezes, tudo começa com um “tc” (teclagem) a partir de um assunto em comum entre a mulher e o homem, como genealogia, e em pouco tempo se cria condições para o contato físico, para o adultério.

"A internet é o primeiro passo da estrada para a traição", disse à revista o estudioso Ailton Amélio, da USP.

Como no clássico de Gustave Flaubert, o “Madame image Bovary”, cuja protagonista Emma trai o marido e se decepciona com os amantes (o fim é trágico), muitas mulheres (como os homens) que desfazem o casamento para ficar com o “novo e verdadeiro amor” se dão mal.

Esse foi o caso de Carla (nome fictício), que trocou o marido pela pessoa com quem vinha tendo relacionamento às escondidas. Hoje, solteira de novo, ela comenta: “Não conheço ninguém que, de amante, virou oficial e viveu feliz para sempre”.

O romance “Madame Bovary” foi escrito no século 19. Publicado em 1856, continua atual.

domingo, 2 de agosto de 2009

Separação e Divórcio – As influências psicológicas nas crianças de pais separados

Separação e Divórcio – As influências psicológicas nas crianças de pais separados


A separação dos pais gera um conflito emocional que provoca reações comportamentais nas crianças e que devem ser consideradas. Verifica-se que a separação dos pais com filhos na idade infantil prediz conseqüências negativas para a saúde das crianças e influências no comportamento social e a nível emocional Estas conseqüências ...

Relação pai e filho após a separação

Relação pai e filho após a separação

Relação pai e filho após a separação

*Entrevista com Dra Olga Inês Tessari*


*as respostas estão registradas de acordo com a Lei de Direitos Autorais

Publicada no Jornal O Povo - Fortaleza
por Rita Célia Faheina
[08 Agosto 2004 03h53min]




Criar bem um filho. É o que todo pai espera de si mesmo. Mas, nessa tarefa tão difícil, será que as experiências dos amigos ou parentes funcionam? E os conselhos dos especialistas? Vale segui-los? Na opinião dos psicólogos e psicoterapeutas, os pais modernos são mais participativos, menos autoritários e machistas e muito mais interessados na educação das filhos. A psicóloga paulista Olga Inês Tessari fala sobre a relação dos filhos com os pais separados.



Como agir com os filhos quando o casamento acaba? Como ficam os encontros familiares? É possível manter uma relação saudável com as crianças, mesmo os pais vivendo separados? São questões que estão sempre na ponta da língua diante de psicólogos e psicoterapeutas. Eles alertam porém que toda separação de pais acarreta reação dos filhos. É ruim para eles que os pais se separem, mas é muito melhor a ausência física do pai do que enfrentar conflitos diários entre ele e a mãe.



Educação, relacionamentos após a separação, traumas, relação afetiva dos filhos com o pai e a mãe separados, como enfrentar a sexualidade são temas abordados na entrevista que a psicóloga paulista Olga Inês Tessari concedeu ao
O POVO, por telefone. Ela é autora de vários trabalhos sobre esses temas que podem ser conferidos em seu site na Internet:http://ajudaemocional.tripod.com. A seguir, confira os trechos da entrevista:



O POVO - Como deve ser trabalhada a separação dos pais? É possível minimizar nos filhos o trauma da separação?


Olga Inês Tessari - Na verdade, a separação dos pais deve ser uma coisa tratada em particular, nunca na frente dos filhos. Por que o grande problema é quando os pais discutem na frente das crianças que ficam querendo tomar o partido de um ou de outro. Muitas vezes o pai ou a mãe usa a criança como forma de chantagem contra o outro. Então o ideal seria que o casal resolvesse a separação longe da presença das crianças. E aí o fato, depois de resolvido, seria comunicado a elas, mantendo um clima de cordialidade.



OP - No caso dos filhos presenciarem uma separação conflituosa dos pais, isso pode influir na vida futura deles?


Olga Inês Tessari - Sim. Numa separação traumática, onde os pais usam as crianças, um contra o outro, pode haver distúrbios emocionais que influenciarão no desenvolvimento da criança. O primeiro sintoma de que ela não está bem emocionalmente é percebido na escola. Ela chora, há crianças que se tornam mais agressivas, brigam com os outros coleguinhas.



OP - E na escola, qual deve ser o tratamento dado às crianças que estão enfrentando a separação dos pais?


Olga Inês Tessari - O ideal seria que a escola tivesse conhecimento de que os pais estão juntos, separados ou se estão se separando. Hoje em dia, as escolas tem por hábito saber do que acontece na casa da criança para poder entendê-la melhor. Elas entrevistam o pai e a mãe, para saber como é o relacionamento em casa. Mas, o ideal seria que a escola tivesse conhecimento e até observasse a criança e, diante de qualquer problema, encaminhasse esta criança para o psicólogo. O quanto antes você começar a resolver o problema da criança, melhor.



OP - Nesse caso, a ida ao psicólogo é muito importante?


Olga Inês Tessari - Sim. Porque a criança, ainda não tem aquele arcabouço emocional que o adulto tem. Muitas vezes nem o adulto sabe digerir muito bem uma determinada situação, imagine uma criança que tem nos pais o seu suporte, a sua "tradução" digamos assim da realidade e, de repente, um dos dois vai embora. Ela não vai saber lidar com isso e sofre muito.



OP - Mas, não é melhor a criança conviver com os pais separados do que no meio de uma relação cheia de brigas e discórdias?


Olga Inês Tessari - É muito melhor. O filho, mesmo que os pais disfarcem, percebe quando o clima não está bem. Eu já ouvi uma criança dizer: 'eu não sei porque meu pai e minha mãe não se separam. Os dois não se dão bem'. As crianças são capazes de encarar a separação com muito mais naturalidade do que os adultos.



OP - Como os pais devem agir com relação a educação das crianças, no caso de estarem separados?


Olga Inês Tessari - Quanto à educação, os pais, estando juntos ou separados, têm de falar a mesma língua, ou seja, concordarem entre si. Então, por exemplo, se o pai disse não, a mãe, por mais que discorde, na frente da criança ela deve falar: ''papai disse que não''. Eles não podem discordar entre si diante da criança, porque ela percebe e começa a jogar com os pais. Um exemplo: o filho vai pedir ao pai para jogar videogame e ele diz não.A criança então vai pedir à mãe porque sabe que ela vai dar o videogame pra ele e pronto. A criança é muito inteligente. Ela percebe muito bem quando pode manipular seus pais a seu favor. Então os pais devem ser muito coerentes. Mesmo separados, eles devem conversar. O pai, que normalmente é quem vê menos o filho, deve pedir para ver os cadernos, conversar com ele, saber se estar tudo bem. Pai e mãe têm de concordar um com o outro. Se eles discordam de alguma coisa que conversem em separado, longe dos filhos. Na frente deles os pais nunca podem tirar a autoridade de um e nem de outro.



OP - Ainda existem casos em que a mãe joga a culpa da separação nos filhos?


Olga Inês Tessari - Existem. Infelizmente ainda há mulheres que engravidam pra se casarem ou para manterem seus casamentos. Para elas, quando o casamento chega ao fim, acaba a necessidade de ter o filho. Porque esse filho era o elo que a ligava ao marido. Muitas vezes, ela passa a não tratar bem essa criança, passa a desprezá-la, a achar que ela é a culpada da separação.



OP - E qual deve ser a postura da mãe, mesmo que ela fique com raiva, não queira a separação?


Olga Inês Tessari - Ela não pode é falar mal do pai. Porque uma coisa é o que o marido dela está fazendo com ela. Outra coisa é o pai dos seus filhos. O melhor é ficar neutra. Não ficar sondando. Por exemplo, tem mãe que manda as crianças saírem com o pai quando percebe que ele vai namorar, manda as crianças passarem o fim de semana com ele. Depois fica perguntando pra onde ele foi, o que falou, o que fez. Isso não deve ser feito nunca.



OP - E quando o pai fica com a guarda dos filhos. Como é a reação dele? Procura ajuda de especialista?


Olga Inês Tessari - Não necessariamente. Só se ele perceber que não está conseguindo dar conta do recado, não está conseguindo ter o controle da situação. Se ele não está conseguindo lidar bem com as crianças, conviver bem com elas. Mas, normalmente, o pai que assume cuidar das crianças é uma pessoa bem equilibrada, centrada, que vai educar bem os filhos.



OP - E o autoritarismo e machismo, ainda são características muito fortes dos pais?


Olga Inês Tessari - Isso depende muito do lugar onde a gente está. Depende da cultura, dos costumes, do ambiente familiar. Mas, em geral, os homens hoje estão menos machistas do que eram antes. Até porque a mulher teve muitas conquistas. Hoje, ela trabalha fora, divide as funções domésticas com o marido.



OP - Pode-se fazer um perfil do pai atual?


Olga Inês Tessari - O pai atual é mais participativo. Ele leva as crianças pra escola, faz o jantar. Participa mais no todo. Acompanha o desempenho escolar das crianças e sai pra passear com elas.