quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Como ensinar os filhos a tomar decisões

Como ensinar os filhos a tomar decisões

Teresa Artola González

Ser responsável não é o mesmo que obedecer “ao pé da letra”. Ser responsável significa escolher. E decidir por si mesmo. Por isso, para ensinar as crianças a ser responsáveis há que dar-lhes as máximas oportunidades para tomar decisões.

APRENDER A DECIDIR BEM
PARA QUE SEU FILHO SEJA
RESPONSÁVEL

Podemos ajudar nossos filhos aprender a decidir dando-lhe muitas oportunidade para tomar decisões a curto, médio ou longo prazo.

Deveremos, na medida do possível, evitar decidir por eles ou intervir excessivamente em suas decisões. A medida que vão crescendo, os pais devemos ser capazes de “ir soltando os nós” dando-lhes maior autonomia e capacidade de decisão.

Desde que são pequenos devemos habituar-lhes a decidir em assuntos que não tenham repercussões graves: por exemplo, a que queira jogar, que roupa quer colocar, que história quer que lhe leiam ...

Por exemplo, se seu filho de 11 anos lhe pede permissão para ir esquiar com o colega durante uma semana das férias, em lugar de responder-lhe diretamente que não, pode pedir-lhes que lhe ajude a tomar a decisão. Para isso convém que, primeiro, pense em outras alternativas a realizar, como por exemplo:

- Passear alguns dias das férias com a família.

- Ir visitar o avô, que está doente.

- Ficar-se em casa e, colocar-se em dia com os estudos ...

A seguir convém ensinar-lhe a valorizar os aspectos positivos e negativos de cada alternativa. Por exemplo, para ir esquiar:

- Positivos: convivência com os companheiros, fazer esporte ...

- Negativos: alto custo econômico, não tem equipe, o avô sentirá sua falta, atraso em seus estudos ...

Finalmente deverá tomar a decisão, enquanto é pequeno, com sua ajuda. Um vez tomada a decisão, deveremos acostumar-lhe a mantê-la e a “arcar com as consequências”.

Se, por exemplo, seu filho decide matricular-se este ano no basquete em lugar do futebol, uma vez tomada a decisão deve exigir-lhe que a mantenha, ao menos durante um tempo razoável.

Os pais devemos permitir a nossos filhos que se enganem às vezes em suas decisões. Se a criança sofre as consequência negativas de uma decisão certamente será mais rigoroso nas seguinte decisões que adota.

A hora de educar nosso filho para que aprenda a tomar as decisões deveremos ter em conta que cada filho é diferente, tendo em conta suas característica pessoais e sua maneira de ser:

EM EDUCAÇÃO NÃO HÁ RECEITAS,
CADA FILHO É DIFERENTE

É possível que seu filho seja muito IMPULSIVO: Isto é, dos que primeiro atuam e depois pensam. O resultado é que frequentemente se engana e suas decisões. Se este é seu caso pode ajudar-lhe:

- Habituando-o a dar razões antes de atuar: por que deve fazê-lo assim?

- Incentivando-lhe a procurar outras alternativas ou possibilidades antes de decidir.

- Ensinando-lhe a valorizar objetivamente os aspectos positivos e negativos de cada tarefa.

É possível que o caso de seu filho seja o contrário: que seja INDECISO: isto é, pensa e repensa, encontra um mas para tudo, nada lhe convém, espera que os outros decidam por ele. Frequentemente, quando enfim se decide, já é tarde.

Deve ter em conta que uma conduta indecisa repetida indica que a criança não está desenvolvendo seu sentido da responsabilidade.

Além disso, existe uma relação evidente entre a capacidade para tomar decisões e a auto-estima: as crianças com baixa auto-estima não são capazes de enfrentar os riscos que implicam uma decisão. Portanto, se seu filho se mostra com frequência indeciso deverá preocupar-se por aumentar sua auto-estima.

Se este é seu caso pode ajudar-lhe:

- Concedendo-lhe um tempo limitado para tomar um decisão: “terá que dar-me a resposta amanhã”

- Expondo-lhe a muitas situações nas quais tem que decidir.

- Elogiando-lhe quando o faz, para que aumente sua confiança.

Outra possibilidade diferente é que seu filho se caracteriza por ser RÍGIDO em suas decisões: sempre faz as coisas da mesma maneira, não procura soluções novas e a custo de reconhecer seus erros. Se este for o caso, poderia ajudar-lhe:

- Sugerindo outras alternativas possíveis: “Este anos, em lugar de comemorar seu aniversário com uma festa em casa, podemos fazer uma excursão, ir ao cinema”.

- Ajudando-lhe a descobrir os nossos fatores que podem alterar a decisão: “Agora é maior, não há espaço na nova casa”.

- Ensinar-lhe que todos nós podemos enganar na vida e que retificar é de sábios.

O que podemos fazer os pais?

Os procedimentos para ajudar aos filhos a ser responsáveis se apoiam em quatro pontos:

a) O CORRETO EXERCÍCIO DA AUTORIDADE à hora de estabelecer algumas normas e limites: os pais devemos ser capazes de exercer a autoridade de forma coerente estabelecendo alguns limites e algumas normas de comportamento.

Desta forma, se seu filho conhece os limites, é capaz de tomar decisões e prever as consequência das mesmas. Seu filho deve saber pois, claramente, o que espera dele assim como as consequências que acarreta o incumprimento de suas responsabilidades.

Se, por exemplo, Paula e Inácio em ocasiões castigam a João e em outra passam por alto sua conduta quando não arruma suas coisas, a falta de coerência de sua conduta está prejudicando o desenvolvimento da responsabilidade. Tenha em conta um castigo leve mas que se aplica sempre por não cumprir uma norma é mais eficaz a longo do prazo que uma atitude incoerente e um castigo severo.

b) O Amor e carinho entre pais e filhos e A CONFIANÇA MÚTUA. Devemos demonstrar a nossos filhos, ainda que às vezes nos levemos a algum desengano, que confiamos neles. Que sabemos que são capazes de cumprir e esperamos o melhor deles.

A CONFIANÇA NOS FILHOS
É BÁSICA PARA SUA EDUCAÇÃO

Seu filho deve sentir que ele “é capaz”. Ensinar as crianças a ser responsáveis incrementar sua sensação de poder e seu sentimento de auto-estima.

c) O DESENVOLVIMENTO MORAL e o progressivo conhecimento do bem e do mau. Ao redor dos 7 anos se produz o nascimento da consciência moral. A esta idade se tornam capazes de suspeitar e analisar os motivos e as consequência de suas ações, de descobrir o que é bom e o que é mau. Devemos, pois, aproveitar esta etapa para formar sua consciência em um ambiente de disciplina, carinho e exigência. Desta forma estaremos favorecendo o desenvolvimento da responsabilidade.

d) O EXEMPLO E O PRESTÍGIO DOS PAIS. As crianças copiam continuamente as atitudes de seus pais. Assim, por exemplo, se papai deixa sua roupa jogada quando de desvestem, será difícil inculcar em seu filho a responsabilidade de recolher seus objetos pessoais.

O EXEMPLO DOS PAIS
É BÁSICO NA EDUCAÇÃO
DA RESPONSABILIDADE

Os pais que são irresponsáveis e não lutam por corrigir-se não podem ensinar seu filho a ser responsáveis. Se quando chegam tarde do trabalho joga a culpa no trânsito; se esquece das promessas que fizeram a seus filhos; se sempre ilude a tomar decisões e procura que os demais decidam por você, se diz uma coisa e faz outra ... está atuando como modelo para seu filho.

Se educa dando bom exemplo ou esforçando-nos por corrigir nossos defeitos de forma que nossos filhos vejam que lutamos por melhorar.

Se atua de forma incoerente, seu filho será o primeiro em dar-se conta. De fato, não está fomentando a responsabilidade de seu filho quando:

- Se lembra das coisas que ele ”se esquece”.

- Faz seus encargos ou tarefas porque “é mais simples“

- Subestima a capacidade de seu filho e pensa que é menor do que realmente é.

- Qualifica seu filho de “irresponsável”.

- Superprotege a seus filhos e decide sempre por eles.

- Quando se enganam e você soluciona todas as dificuldades.

- Neste sentido há três tipos e pais aos quais lhes resulta especialmente difícil o responsabilizar a seus filhos:

Os pais que pretendem compensar a dureza do outro cônjuge protegendo a seus filhos. Estes frequentemente encobrem a seu filhos e carregam sobre si próprio a tarefa que não lhes correspondem para evitar problemas.

Por exemplo, a mãe que, quando os filhos trazem as más notas para casa, ou trazem uma parte com queixas do colégio, o oculta do pai para que não haja bronca. Ou o pai que, para evitar o mau humor de mamãe, quando chega cansada do trabalho em casa, recolhe as coisas que as criança deixam jogadas. Estes pais devem lembrar que, se bem a excessiva dureza é ruim para a educação dos filhos, todavia é pior a excessiva brandura e que a falta de coerência dos pais entre si prejudica seriamente a educação de seu filho.

PAI E MÃE
DEVEM ATUAR JUNTOS

Outro problema o constituem os pais excessivamente perfeccionistas que não suportam que as coisas não estão certas que eles querem.

Se, por exemplo, quando seu filho de 6 anos faz a cama e você fica atrás arrumando o que fez mal, ou se não deixa a ninguém ajudar na cozinha por medo a que sujem, ou se parece que a forma em que ordena seu marido a roupa da turma não é adequada ... depois não se queixe de que ninguém lhe ajuda.

SEMPRE É MELHOR UMA COISA
PRONTA REGULAR POR SEUS FILHOS
QUE UMA PERFEITA FEITA POR VOCÊ

Finalmente, têm especial dificuldade para educar na responsabilidade aquele pai que superprotegem a seus filhos. Aqueles aos quais lhes parece que o filho nunca é suficientemente adulto, que lhe ajudam constantemente, lhe vigiam, lhe dizem o que deve colocar-se ... ainda que ele seja capaz de fazê-lo perfeitamente por si próprio.

Tenha em conta que nossos filhos nos observam continuamente. Para que seu filho pense que se responsável vale a pena é importante que:

- Comporte-se de forma justa e não arbitrária.

- Que seu filho saiba claramente o que se espera dele.

- Saiba esclarecer algumas normas e limites claros.

- Seja coerente na aplicação dos castigos estabelecidos: perdoe ao filho, mas faça com que o sempre seja cumprido.

- Recompense seu filho por seu bom comportamento.

- Cumpra com o que disse.

Como atuar em situações cotidianas?

A – NO CUIDADO DAS COISAS:

A ordem em suas coisas é um dos aspectos que desde muito cedo devemos inculcar-lhes:

- Ordem em seus jogos: devem recolher sozinhos depois de usá-los.

- Ordem em suas roupas: que não devem deixar jogada e que devem cuidar de não romper.

- Ordem em seus livros e material escolar: que devem ter sempre em ordem quando o necessitam.

- Ordem no tempo: que respeitem a hora de ir à cama, de estudar, horário das refeições ...

Tenha em conta que o próprio sensitivo da ordem tem lugar entre 1 e 3 anos. Deve, portanto, começar logo para depois não lamentar-se.

DEVE ENSINAR-LHE
O VALOR DAS COISAS E
ACOSTUMAR-LHE A CUIDÁ-LAS

Para isso é importante que disponha das lembranças necessárias: caixotes e caixas onde possa guardar as coisas em ordem, estojo onde guarda o material ...

Deve entender claramente que o cuidado de suas coisa é responsabilidade sua. Se perde ou estraga, sem motivo, suas coisas dever responde por isso. Se quando isto ocorre você é a encarregada de procurá-la ou de respondê-la estará fazendo um trabalho fraco.

Por exemplo, na situação familiar descrita a princípio do capítulo vemos como a mãe de João adota comportamentos que estão impedindo o desenvolvimento da responsabilidade em seu filho: Como, por exemplo, quando lhe busca no colégio e se dedica a vasculhar até encontrar tudo o que João perdeu nesse dia.

Se João perde sua lancheira, o mais adequado seria que no dia seguinte acordasse meia hora antes para ir até o colégio buscá-la. Se não a encontrar ele deverá falar com seu professor para explicar-lhe a situação e nesse dia comer na cantina pagando, se possível, com suas economias. Se, finalmente a lancheira não aparece, deverá economizar o dinheiro necessário para comprar outra.

Se seu filho perde o material escolar e “sobrevive” graças a que outras crianças lhes empreste lápis e canetas, pode chegar com ele a um acordo: como, por exemplo, revisar seu estojo todos as sextas-feiras. Uma vez revisado irá com ele à livraria e deverá comprar com seu dinheiro aquilo que falta.

Se quando Paula for buscar João no colégio não estiver pronto, não será uma má medida que caminhe e lhe “ir à pé” e que ele se vire sozinho ou que algum professor lhe leve para casa.

Se seu filho deixa todas suas coisas jogadas pela casa, pode chegar a um acordo com ele: As coisas que não estiverem em seu lugar serão requisitadas e deverá pagar uma multa, fixada previamente, para recuperá-las.

Algumas destas medidas podem parecer-lhe drásticas mas é a única forma de atuar quando seu filho se acostumou a atuar sem responsabilidade.


B – OS ESQUECIMENTOS

Há crianças que nunca se lembram das coisas que têm que fazer. Não que se neguem a fazê-las, mas para isso é necessário lembrar-lhes centenas de vezes. Isso sim, pode ficar tranquila que seu filho não tem nenhum problema de memória. Quando algo é importante para ele (uma partida de futebol, uma festa ...), não se esquece nunca.

Se esta descrição se encaixa em seu filho, você pode utilizar alguns truques para ajudar–lhe a lembrar:

- Escreva suas tarefas e coloque em um lugar visível, como por exemplo, no mural de seu quarto ou na geladeira da cozinha. Desta forma não terá a desculpa de que não sabia ou não se lembra de qual era sua obrigação.

- Assegure-se de que seu filho lhe escutou quando lhe pede algo. Faça com que deixe o que está fazendo e lhe olhe na cara. Pode pedir-lhe que repita o que lhe pediu.

- Não lhe repita nem, lhe lembre as coisas. Se o faz, a criança aprenderá que é você o responsável de lembrar-lhe das coisas. Assim se seu filho se esquece de tirar o lixo e você lhe lembra várias vezes que deve fazê-lo, ele aprende que nunca mais deverá preocupar-se por isso porque seus pais pensaram por ele.

- Estabeleça costumes e rotinas o mais regulares possíveis: Se seu filho, ao chegar do colégio, todos os dias deve fazer o mesmo, como guardar seu material, pendurar sua blusa, almoçar ... é mais fácil que se lembre.

- Não tenha medo a castigar-lhe por seus esquecimentos (sempre e quando a criança souber com antecipação, e estiver avisada, das consequências de um possível esquecimento).

- Dê bom exemplo e procure não esquecer das promessas que lhe faz. Pode utilizar também algum truque para lembrar-se (amarrar uma linha no pulso, mudar o anel de dedo ...)

C – A CRIANÇA QUE “ESCAPA”

Há crianças peritas em escapulir-se de suas obrigações. Estas crianças são especialistas em jogar a culpa nos demais de sua falta de responsabilidade.

Por exemplo, quando os pais se acostumam a lembrar a criança do que deve fazer, a criança assume que ela já não é responsável de lembrar-se. Se lhe acusa de não cumprir com suas obrigações, joga a culpa nos pais: “é que não me lembrei ...”.

Outras crianças são muito astutas e saboreiam os esforços de seus pais por educar-lhe adquirindo a fama de incompetentes ou irresponsáveis. Assim, por exemplo, uma criança pode fazer mal repetidamente uma tarefa para que seus pais cheguem à conclusão de que é melhor não pedi-lo. Também alguns maridos são peritos nesta tática.

Outras crianças fazem as coisa tão devagar que os pais, finalmente, preferem fazer eles mesmos.

Outros deixam tudo pela metade ou se queixam de não ser capazes. Se conseguem convencer disso a seus pais acabarão por fazê-las por ele.

Algumas sempre têm desculpas: dor de barriga, não se encontram bem, têm que fazer outras coisas mais importantes; nestes casos, se conseguem com esta estratégia sair-se com uma das suas, tenderão a repeti-la.

Desesperante também resultam aquelas criança que se limitam a cumprir ao pé da letra o que lhes pede. Se lhe pede que recolha seus jogos do chão os coloque em cima da cama ou, se lhe pede que recolha os pratos, se limita a amontoá-los.

A outras lhes encanta sentir-se vítimas: “pede tudo para mim” ”não me deixa fazer nada do que gosto”.

ATUE COM FIRMEZA
SE SEU FILHO PRETENDE
FUGIR DE SUAS RESPONSABILIDADES

Todas estas são simplesmente estratégias que as crianças utilizam para tentar escapar de suas responsabilidades. Muitas aprenderam conosco. Ante elas não resta outra saída senão a firmeza dos pais. Estes devem deixar claro à criança quais são suas obrigações e por que deve cumpri-las e não permitir que seus truques lhe sirvam para escapar-se. Se o consegue terá aprendido que suas táticas são uma boa maneira de sair-se com uma das suas.

D – QUANDO É UM PRÓDIGO:

Algumas crianças se mostram especialmente irresponsáveis no que diz respeito ao uso do dinheiro. O deixam jogado pela casa, ou o gastam caprichosamente em bobagens, ou estão pedindo continuamente.

NOSSOS FILHOS DEVEM APRENDER
A UTILIZAR E VALORIZAR
ADEQUADAMENTE O DINHEIRO

Muitos pais se perguntam: a que idade a criança deve manejar o dinheiro? É bom ou ruim dar-lhe uma mesada?

Como já dissemos, a única forma de que seu filho se torne responsável é dando-lhe responsabilidades. Portanto, se quer que seja responsável com o dinheiro, terá que dispor de uma quantia para administrá-lo.

A princípio, para uma criança de 4 ou 5 anos não devemos dar-lhe mesada, mas é conveniente que disponha de um lugar (uma lata, um cofrinho) onde possa colocar o dinheiro. Terá que ser responsável com o dinheiro, terá que dispor de algo para administrá-lo.

Aos 7 anos pode ser uma boa idade para começar a dar-lhe uma pequena mesada com a intenção de que economize e vá juntando dinheiro para conseguir algum objetivo como um patins ou uma bola e também para poder reparar, com seu dinheiro as coisas que perde de seu material escolar, seu uniforme: desta forma começará a conhecer o valor das coisas e começará a administrar o dinheiro.

A partir dos 9-10 anos, resulta importante que se acostume a ter dinheiro no bolso para gastar. Se puder dê-lhe uma quantia fixa semanal, e melhor ainda mensal, a medida que se torne maior, para que aprenda a administrá-la.

A quantia deve fixar-se tendo em conta sua opinião e atendendo a suas necessidade reais. É conveniente que inclua uma quantia para gastos fixos: como ônibus e outros gastos variáveis.

Como regra geral, a quantia que pode entregar a seu filho deve ser menor e não esqueça que se trata de algo necessário para ele. Portanto, não há de utilizá-la como prêmio nem como castigo. Unicamente deverá cortá-la se a administração for ruim.

Convém que lhe ajude também a princípio a administrá-la bem.

Para isso é importante que conheça o valor das coisas. Pode pedir-lhe que lhe acompanhe às compras para que vá adquirindo o sentido de quanto custam as coisas.

Também convém fomentar nele o espírito de economia: Pode animar-lhe a economizar, para essa bola de futebol que tanto deseja, ou para comprar essas tiaras para o cabelo que tanto gosta.

A partir dos 12 anos devemos acostumar nossos filhos a que ganhem algum dinheiro trabalhando. Não convém gratificar economicamente aquelas atividade que são seu dever habitual: estudar, fazer seus encargos, mas pode recompensar-lhe por alguns trabalhos extra: arrumar o quarto de despejo, limpar o carro, vestir-se de palhaço na festa de seu irmão.

Não deve esquecer, em que sua educação referente ao uso do dinheiro, o ensinar-lhe a DAR. Convém que lhe faça consciente das necessidades dos demais e que reconheça seu dever de ajudar-lhe na medida do possível.

UM PLANO DE AÇÃO PARA JOÃO

Vamos mostrar um exemplo de um caso prático sobre como os pais podem estabelecer um plano de ação para atuar sobre o que comentamos anteriormente.

1 – SITUAÇÃO:

São muitos os campos nos quais teria que atuar para conseguir que João se responsabilizasse: em ordenar suas coisas, em suas tarefas escolares, em seus encargos familiares ... Haverá que ir pouco a pouco. Neste Plano de Ação vamos centrar neste último ponto: as responsabilidades no lar.

2 – OBJETIVOS:

- GERAL: Responsabilidade.

- ESPECÍFICO: Responsabilidade em seus encargo em casa.

3 – MEIOS:

Inácio e Paula (os pais) terão uma conversa com João. Entre os três pensarão em dois encargos dos quais João pode responsabilizar-se este mês. Lhe deixarão claro que é sua responsabilidade e que apenas se lembrarão uma vez. Fixarão um horário determinado para cumprir o encargo.

4 - MOTIVAÇÃO:

- Na conversa com João terão estabelecido a importância de que todos colaborem no andamento da família. Mamã e Papai necessitam de ajuda e contam com ele.

- Para ajudar-lhe colocarão em seu quarto uma folha com seu nome e os dois encargos que lhe corresponde junto com a hora máxima em que deve realizá-los.


- Cada dia que cumpre com seu encargo sem que tenham que dizê-lo lhe darão dois pontos (dois adesivos) e, se há que lembrá-lo uma vez, um ponto. Passado o tempo, mamãe ou papai o fará mas ficará sem pontos (não voltarão a se lembrar).

- Quando conseguir 25 pontos, papai lhe levará com ele a uma partida de futebol (que é sua aficção favorita).

– DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS:

- João escolheu dois encargos:

- Tirar o lixo (ao chegar do colégio antes das 8:30 hrs).

- Arrumar as camas (antes de jantar às 20:30 hrs).

- Os dois primeiros dias não houve que lembrá-los. Seus pais lhe cumprimentou efusivamente e lhe deram seus pontos. No terceiro dia se esqueceu, apesar de um aviso, e ficou sem ponto. A princípio tentou arrumar desculpas mas seus pais se mostraram inflexíveis. Nos dias seguintes o fez muito bem, ainda que às vezes requer um aviso. Já está com 19 pontos e a coisa parece que anda bem.


Fonte: Livro “Como resolver situações cotidianas de seus filhos de 6 a 12 anos”

TERESA ARTOLA GONZÁLEZ é doutora em Psicologia pela Universidade Complutense de Madri e Master em Educação Familiar pelo E.I.E.S (Educational Institute of Educational Sciences). Desenvolve um amplo trabalho de pesquisa e docente no campo da Psicologia Infantil e é professora da Escola Universitária Europea da Educação de Fomento de centros de Ensino. É autora de diversas publicações em sua maior parte dedicadas aos problemas de aprendizagem, sua avaliação e tratamento.

Publicado no Portal da Família em 09/07/2012

ANDREIA CAETANO PIUMHI/MG

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como identificar um psicopata

Como identificar um psicopata

Às vezes você pode pensar que uma pessoa é absolutamente louca enquanto conversa com ela, mas é realmente difícil distinguir pessoas simplesmente estranhas de psicopatas genuínos.

Pesquisadores da Universidade Cornell entrevistaram psicopatas criminosos e analisaram suas falas. Com isso, descobriram que existem certos padrões de fala que os psicopatas tendem a usar nas conversas.

De acordo com os pesquisadores, psicopatas tendem a mostrar falta de emoção e descrever seus crimes em termos de causa e efeito. Eles concentram sua atenção em necessidades básicas, como comida, bebida e dinheiro.

Essas coisas não são facilmente identificadas em uma conversa informal, não é mesmo? A não ser que alguém comece a descrever seus crimes para você.

Mas existem alguns outros maneirismos mais específicos na fala de um psicopata, como tiques verbais. O uso do pretérito pode ser um indicador de distanciamento psicológico, e os pesquisadores também descobriram que psicopatas usam mais o tempo presente do que outras pessoas. Psicopatas também interrompem mais suas falas com “hum” e “hums”.

Isso tudo é interessante, mas pode ser usado no mundo real, digamos, em um primeiro encontro? Não exatamente. Essas descobertas são mais propensas a serem usadas por policiais que tem acesso a softwares de análise de discurso – não são técnicas tão boas a ponto de detectar um assassino em um encontro em um bar.

Se uma pessoa não para de fazer “hum” e “hums” em um encontro, o que isso significa? Que ela é apenas uma pessoa normal nervosa! Usando esse critério, seria muito fácil diagnosticar incorretamente o pobre rapaz ou moça que só quer te convidar para sair, mas morre de medo que você diga não. [Jezebel]

Psicopatas são distraídos, não insensíveis, diz pesquisa


norman bates

Norman Bates, personagem do filme Psicose

Psicopatas sofrem de um déficit de atenção, e não de uma incapacidade de sentir emoções e por isso são interpretados como insensíveis e destemidos. Ao menos é esta a conclusão de um estudo realizado por Joseph Newman, psicólogo da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Newman investigou as reações de prisioneiros com personalidades psicóticas quando sabiam que sentiriam dor.

Estudos anteriores apontavam que psicopatas poderiam não sentir dor, e estudos com imagens da atividade cerebral de pessoas com esse distúrbio mostram anormalidade na amídala, região cerebral responsável por processar o medo e outras emoções. De acordo com Newman, estas descobertas apóiam a percepção de que psicopatas são vazios emocionalmente: “As pessoas acham que eles são predadores insensíveis”, diz.

Para compreender o comportamento dos psicopatas, o psicólogo recrutou 125 prisioneiros condenados por crimes hediondos. Os participantes da pesquisa foram classificados em várias características típicas do comportamento psicótico, como o narcisismo, a impulsividade e a indiferença. Aproximadamente 20% dos prisioneiros tiveram pontuação suficiente nesta classificação para serem descritos como psicóticos – uma proporção comum para criminosos, mas bem acima da média de 1% na população geral.

Para realizar o teste, os pesquisadores ligaram os prisioneiros a um aparelho que mede a força do fechar de olhos – um indicativo do medo – e colocaram uma tela na frente dos participantes. Eles foram avisados que durante os testes uma letra piscaria na tela, e um choque elétrico poderia acontecer depois de uma letra vermelha, mas nunca após uma letra verde.

Os participantes foram instruídos a apertar botões para indicar se a letra mostrada era verde ou vermelha. Os indivíduos com características psicóticas piscaram, “vacilando” em resposta às letras vermelhas tanto quanto os outros participantes. Entretanto, quando deveriam indicar se as letras eram maiúsculas ou minúsculas, os psicóticos quase não piscaram ao ver as letras vermelhas, enquanto os outros continuavam com medo, antecipando o choque.

De acordo com Newman, a descoberta sugere que os indivíduos psicóticos sentem tanto medo e dor quanto qualquer pessoa, e apenas parecem insensíveis e destemidos pois têm dificuldade em prestar atenção no que é assustador. O pesquisador acredita que a hipótese possa ajudar no tratamento de psicopatas. Além disso, Newman acredita que as suas descobertas devem ajudar no reconhecimento de psicopatas como indivíduos mais humanos.

Newman está atualmente trabalhando com Donald Hands, diretor de psicologia do Departamento de Correções de Wisconson, para criar um programa de tratamento inédito. Ao lembrar os criminosos psicóticos sobre as consequências imediatas de suas ações, o tratamento deve ajudar na diminuição de recaídas ao crime. [New Scientist]


Todos os psicopatas são perigosos?


Por incrível que pareça, a resposta para isso é não. Segundo a professora de psicologia e comportamento social Jennifer Skeem, da Universidade da Califórnia (Irvine, EUA), nem todos os psicopatas apresentam comportamento violento ou se tornam criminosos.

Ela explica que a psicopatia é um transtorno de personalidade complicado e muito mal compreendido. Marcado por ousadia, coragem, crueldade, agressividade e impulsividade, muitas pessoas acham que psicopata equivale a serial killer, como o personagem fictício Norman Bates, por exemplo, ou o caso brasileiro famoso do Maníaco do Parque (que estuprou, torturou e matou pelo menos seis mulheres em São Paulo).

Mas isso não é verdade. Skeem estima que cerca de 1% a 3% da população em geral seja psicopata. Isso significa que uma em cada trinta pessoas pode ser diagnosticada como psicopata, e cinco milhões delas podem existir só no Brasil.

Cinco milhões de assassinos frios? Não. Muitos deles não só não demonstram comportamento violento, como nem sequer têm ficha criminal. Porém, isso também não significa que eles sejam uns amores.

Assassinos cruéis, nem sempre. Desagradáveis, o tempo todo

Skeem explica que nem todo psicopata nasce do jeito que é. Como todas as pessoas, a condição é moldada por uma interação complexa de fatores ambientais e genéticos. Ou seja, ter o “gene da psicopatia” não significa que o indivíduo vai ser um monstro sem controle – e bem que alguns criminosos iam adorar isso, pois significaria que eles “não tiveram escolha” ao cometer as infrações que os enviou à prisão.

“Não existe uma receita para transtorno de personalidade psicótica. Os fatores ambientais são tão importantes quanto os fatores genéticos. Porém, o comportamento antissocial misturado com um histórico de disciplina punitiva, abuso e negligência parece aplicar-se em muitos casos”, disse Skeem.

O que a psicóloga quis dizer é que uma pessoa com “genes psicóticos” que foi abusada na infância, por exemplo, tem mais chances de se tornar violenta e cometer crimes. Mas isso não é regra: psicopatia não é sinônimo de violência. Aliás, o inverso também é válido: não é preciso ser psicopata para ser criminoso, para assassinar, roubar, etc. A maioria dos presos não é psicopata (o índice de psicopatia entre os presos é de 20%, segundo a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo).

No entanto, a psicopatia influencia, sim, as pessoas com a doença, caracterizada principalmente pela total ausência de compaixão, culpa e medo, além de exibirem normalmente inteligência acima da média e habilidade para manipular as pessoas à sua volta.

“Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, disse o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto, à revista Super Interessante.

Já Skeem acredita que não é sempre assim. Ou seja, ela afirma que nem todos os psicopatas são necessariamente destrutivos ou ameaçadores, mas que costumam, de fato, ser pessoas desagradáveis, por conta de seu egoísmo, insensibilidade e falta de culpa, que tornam relações pessoais e profissionais com eles insuportáveis.

“Você pode tentar trabalhar com o indivíduo, tentar levá-lo a uma terapia ou tratamento”, explica Skeem. “Mas se você não tem esse tipo de investimento na pessoa, é melhor manter distância”.

Geralmente, se a pessoa é da sua família, você não vai abandoná-la. Nesse caso, Skeem diz que jovens e adultos com grande pontuação em psicopatia podem reduzir o comportamento violento e criminoso após tratamento intensivo, como aconselhamento de saúde mental (terapia) e reabilitação do abuso de drogas, por exemplo. [MedicalXpress,Abril, PsicopatiaBrasil]

Cérebro de psicopatas tem diferenças estruturais e funcionais


Adivinha quem tem conectividade reduzida entre uma área do córtex pré-frontal e a amígdala? Os psicopatas.

Um estudo que fez imagens dos cérebros de presos mostra diferenças importantes entre aqueles que são diagnosticados como psicopatas e aqueles que não são. Na imagem acima, o córtex pré-frontal (PFC) está em vermelho, a amígdala em azul, e a via de substância branca que liga as duas estruturas (o fascículo uncinado) é mostrada em verde.

Os resultados podem ajudar a explicar o comportamento insensível, antissocial e impulsivo exibido por alguns psicopatas.

O estudo mostrou que os psicopatas têm conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC), a parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa, e a amígdala, que media o medo e a ansiedade.

Dois tipos de imagens cerebrais foram coletadas. Imagens de difusão tensor (DTI) mostraram redução da integridade estrutural das fibras de substância branca que ligam as duas áreas, enquanto que um segundo tipo de imagem que mapeia a atividade cerebral, uma imagem de ressonância magnética funcional (fMRI), mostrou menos atividade coordenada entre os vmPFC e a amígdala.

“Essas duas estruturas no cérebro, que regulam o comportamento social e a emoção, parecem não estar se comunicando como deveriam”, diz o pesquisador do estudo, Michael Koenigs.

O estudo comparou o cérebro de 20 presos com diagnóstico de psicopatia com os cérebros de 20 outros presos que cometeram crimes semelhantes, mas não foram diagnosticados com psicopatia.

A combinação de anormalidades estruturais e funcionais fornece evidências convincentes de que a disfunção observada neste circuito sócio-emocional é uma característica estável dos criminosos psicopatas.

Os cientistas acreditam que a pesquisa mostra que há uma anormalidade específica do cérebro associada com a psicopatia criminal. Sendo assim, o estudo pode lançar mais luz sobre a origem dessa disfunção, e estratégias para tratar o problema.[ScienceDaily]


Como identificar um mentiroso

Como identificar um mentiroso


Segundo um novo estudo, o julgamento apressado é mais comum do que se pensa: só precisamos de 20 segundos para decidir se um estranho é ou não confiável.

Pesquisadores americanos recrutaram 24 casais e pediram a cada pessoa para falar sobre um momento em que ele ou ela tinha sofrido. Enquanto isso, as câmeras registraram a reação do parceiro do falante. Um outro grupo revisou os vídeos, e foi capaz de identificar a compaixão falsa na reação dos parceiros dentro de 20 segundos.

Em seguida, os pesquisadores recolheram amostras de DNA dos participantes do estudo.
Eles descobriram que 60% dos participantes menos confiáveis não tinham um certo gene receptor, o genótipo GG, que pode controlar a compaixão e empatia.

O receptor ajuda a regular o nível do hormônio oxitocina do corpo, que estudos anteriores ligaram a sentimentos de confiança, empatia e generosidade.

Daqueles classificados como mais confiáveis, 90% carregavam o gene. Mas como o gene é apenas ligado à percepção de sinceridade, isso não significa que a pessoa seja antipática caso não o possua.

Segundo os pesquisadores, os observadores puderam separar os sinceros dos desonestos porque há certos comportamentos que sinalizam confiança e apoio.

Quer identificar um mentiroso? Procure por esses sinais, descritos pelo psicólogo comportamental Marc Salem:

1 – COMPORTAMENTO INCONSISTENTE

“Se alguém normalmente é muito quieto, e de repente torna-se muito animado, ou vice-versa, essa mudança é um sinal vermelho”, diz Salem. O mesmo acontece se uma pessoa está falando de forma suave e rápida, mas de repente seu discurso torna-se mais deliberado ou cortado. “Deslocamentos do padrão de fala são sinais vermelhos para o engodo”, acrescenta.

2 – OLHAR FIRME

“Quando as pessoas pensam ou contemplam algo, é natural que quebrem o contato visual e olhem ao redor”, explica Salem. Se esse comportamento for muito constante, eles não estão lhe escutando ou estão conscientemente tentando ganhar sua confiança. Ambos são sinais de insinceridade.

3 – ESCONDER A BOCA

Tossir, pigarrear com frequência, ou qualquer outro gesto de cobrir a boca pode indicar que uma pessoa está tentando esconder alguma coisa. O mesmo vale para ombros para baixo, corpo curvado, etc. Isso é um sinal de cautela, segundo Salem, e indica uma pessoa não está se abrindo completamente.

4 – SORRISO RÁPIDO

Um sorriso genuíno muda todo o rosto de uma pessoa. Seus olhos se iluminam, e suas bochechas e sobrancelhas se elevam, juntamente com os cantos da boca. O sorriso sincero também leva alguns segundos para desaparecer. Um sorriso falso aparece em um instante, e desaparece tão rapidamente quanto.[MSN]


ANDREIA CAETANO PIUMHI/MG


Se você tem baixa autoestima, saia do Facebook

Se você tem baixa autoestima, saia do Facebook

Na teoria, as redes sociais, como o Facebook, deveriam ser ótimas para pessoas com baixa autoestima. Dividir é importante para desenvolver as amizades. Mas, na prática, de acordo com um novo estudo, aqueles com baixa autoestima parecem agir contraprodutivamente, bombardeando os amigos com comentários negativos sobre suas vidas e tornando-os menos agradáveis.

“Nós tínhamos essa ideia de que o Facebook poderia ser um lugar fantástico para as pessoas melhorarem suas relações”, comenta Amanda Forest, estudante graduada da Universidade de Waterloo.

As pessoas com baixa autoestima geralmente se sentem desconfortáveis estando cara a cara, mas o Facebook torna possível evitar esse tipo de contato.

Em um dos estudos, a dupla perguntou para estudantes como eles se sentiam sobre o Facebook. Aqueles com baixa autoestima afirmaram mais vezes que o Facebook dava a oportunidade de se conectar com outras pessoas, de uma forma segura que reduz as situações sociais desconfortáveis.

As pesquisadoras também investigaram o que eles escreviam no Facebook. Elas perguntaram para os estudantes quais suas últimas 10 atualizações. Elas ficaram visíveis para os amigos, aqueles em sua rede social.

Cada pacote de atualizações foi classificado como positivo ou negativo. Para cada um, um usuário do Facebook classificava o quanto eles gostaram da pessoa que as escreveu.

Pessoas com baixa autoestima eram mais negativos do que aqueles com boa autoestima – e os avaliadores gostavam menos delas. Em pesquisas anteriores, Wood e colegas descobriram que cerca de metade dos amigos do Facebook são pessoas desconhecidas ou quase desconhecidas, nunca amigos.

A dupla também descobriu que pessoas com baixa autoestima ganham mais repostas dos amigos reais no Facebook quando postam algo positivo. Aqueles com boa autoestima, pelo contrário, ganham mais repostas quando colocam algo negativo, talvez por ser mais raro.

Então as pessoas com baixa autoestima podem se sentir a salvo postando coisas na rede social – mas talvez elas não estejam se ajudando. “Se você está falando com alguém pessoalmente e diz algo, pode ter uma indicação de que ela não gostou disso, que ela está cheia de ouvir sua negatividade”, afirma Forest. Mas quando as pessoas têm uma reação negativa a um post do Facebook, elas parecem guardar para si próprias. “No Facebook, você não vê a maioria das reações”. [ScienceDaily]


andreiacaetano piumhi/mg



ser ignorado no facebook

Ser ignorado no Facebook é tão ruim quanto na vida real

ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS

Segundo um novo estudo, pessoas que são excluídas por outras online, como nas redes sociais como o Facebook, podem sentir-se tão mal como se tivessem sido excluídas em uma interação normal, cara a cara.

“O Facebook, com seus cerca de 800 milhões de usuários, serve como um lugar para forjar ligações sociais. No entanto, é muitas vezes uma maneira de excluir terceiros, sem o constrangimento de uma interação cara-a-cara. Porém, ser ignorado ou rejeitado por meio de uma fonte remota como a internet faz tão mal quanto ser rejeitado em pessoa; as pessoas podem experimentar reações psicológicas semelhantes à exclusão na vida real”, disse um dos autores do estudo, Joshua Smyth, professor de saúde biocomportamental e de medicina, que conduziu experimentos com Kelly Filipkowski, professora de psicologia.

No primeiro estudo, a equipe pediu que mais de 275 estudantes universitários dissessem como se sentiriam em um cenário de exclusão hipotético, no qual eles seriam ignorados durante uma conversa.

Os participantes responderam que achavam que se sentiriam um pouco angustiados e que sua autoestima cairia, independentemente da rejeição ocorrer em uma sala de chat online ou pessoalmente. No entanto, eles esperavam que a exclusão pessoalmente os fizesse sentir-se pior.

No segundo estudo, os pesquisadores configuraram dois cenários em que 77 estudantes universitários (sem saber do que se tratava a pesquisa) foram ignorados durante uma encenação de conversa. Metade dos participantes foi excluída em pessoa, enquanto a outra metade foi excluída online.

Os alunos achavam que estavam participando de uma interação com outros dois alunos para discutir a formação de impressões em ambientes informais. Eles precisavam, depois da conversa, fornecer aos pesquisadores suas impressões sobre si e sobre os outros.

A equipe descobriu que os participantes de ambos os cenários responderam de forma semelhante ao ato de ser excluído. “Ao contrário de nossa expectativa, e da expectativa que os próprios alunos tinham antecipado, a resposta dos alunos a rejeição não foi primariamente caracterizada por angústia, mas sim por entorpecimento e distanciamento ou retirada”, disse Smyth.

“O que achei interessante é que a grande maioria dos participantes atribuiu sua exclusão aos outros indivíduos na sala. Em outras palavras, as pessoas queriam dizer que não era culpa delas, e sim dos outros. Isso pode ser um mecanismo de proteção para o humor e a autoestima”, disse Filipkowski.

Outra conclusão do estudo é que nossa cultura pode não diferenciar as interações pessoais e online tanto quanto nós pensávamos.

Mas isso pode ser positivo também. Interações online expressivas significam que o indivíduo pode melhorar seu bem estar físico e psicológico tendo mais acesso a oportunidades e relações no meio da internet.

No entanto, os pesquisadores advertem que estes resultados podem estar relacionados com os tipos de indivíduos que participaram de seu estudo. “As pesquisas foram realizadas com estudantes universitários que cresceram com a internet e tecnologias relacionadas”, disse Filipkowski. “Os resultados podem não se aplicar a pessoas que têm menos experiência com a tecnologia e comunicação remota”.[ScienceDaily]


andreia caetano piumhi/mg

ser ignorado no facebook

Ser ignorado no Facebook é tão ruim quanto na vida real

ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS

Segundo um novo estudo, pessoas que são excluídas por outras online, como nas redes sociais como o Facebook, podem sentir-se tão mal como se tivessem sido excluídas em uma interação normal, cara a cara.

“O Facebook, com seus cerca de 800 milhões de usuários, serve como um lugar para forjar ligações sociais. No entanto, é muitas vezes uma maneira de excluir terceiros, sem o constrangimento de uma interação cara-a-cara. Porém, ser ignorado ou rejeitado por meio de uma fonte remota como a internet faz tão mal quanto ser rejeitado em pessoa; as pessoas podem experimentar reações psicológicas semelhantes à exclusão na vida real”, disse um dos autores do estudo, Joshua Smyth, professor de saúde biocomportamental e de medicina, que conduziu experimentos com Kelly Filipkowski, professora de psicologia.

No primeiro estudo, a equipe pediu que mais de 275 estudantes universitários dissessem como se sentiriam em um cenário de exclusão hipotético, no qual eles seriam ignorados durante uma conversa.

Os participantes responderam que achavam que se sentiriam um pouco angustiados e que sua autoestima cairia, independentemente da rejeição ocorrer em uma sala de chat online ou pessoalmente. No entanto, eles esperavam que a exclusão pessoalmente os fizesse sentir-se pior.

No segundo estudo, os pesquisadores configuraram dois cenários em que 77 estudantes universitários (sem saber do que se tratava a pesquisa) foram ignorados durante uma encenação de conversa. Metade dos participantes foi excluída em pessoa, enquanto a outra metade foi excluída online.

Os alunos achavam que estavam participando de uma interação com outros dois alunos para discutir a formação de impressões em ambientes informais. Eles precisavam, depois da conversa, fornecer aos pesquisadores suas impressões sobre si e sobre os outros.

A equipe descobriu que os participantes de ambos os cenários responderam de forma semelhante ao ato de ser excluído. “Ao contrário de nossa expectativa, e da expectativa que os próprios alunos tinham antecipado, a resposta dos alunos a rejeição não foi primariamente caracterizada por angústia, mas sim por entorpecimento e distanciamento ou retirada”, disse Smyth.

“O que achei interessante é que a grande maioria dos participantes atribuiu sua exclusão aos outros indivíduos na sala. Em outras palavras, as pessoas queriam dizer que não era culpa delas, e sim dos outros. Isso pode ser um mecanismo de proteção para o humor e a autoestima”, disse Filipkowski.

Outra conclusão do estudo é que nossa cultura pode não diferenciar as interações pessoais e online tanto quanto nós pensávamos.

Mas isso pode ser positivo também. Interações online expressivas significam que o indivíduo pode melhorar seu bem estar físico e psicológico tendo mais acesso a oportunidades e relações no meio da internet.

No entanto, os pesquisadores advertem que estes resultados podem estar relacionados com os tipos de indivíduos que participaram de seu estudo. “As pesquisas foram realizadas com estudantes universitários que cresceram com a internet e tecnologias relacionadas”, disse Filipkowski. “Os resultados podem não se aplicar a pessoas que têm menos experiência com a tecnologia e comunicação remota”.[ScienceDaily]


andreia caetano piumhi/mg

Ser ignorado no Facebook é tão ruim quanto na vida real

ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS

Segundo um novo estudo, pessoas que são excluídas por outras online, como nas redes sociais como o Facebook, podem sentir-se tão mal como se tivessem sido excluídas em uma interação normal, cara a cara.

“O Facebook, com seus cerca de 800 milhões de usuários, serve como um lugar para forjar ligações sociais. No entanto, é muitas vezes uma maneira de excluir terceiros, sem o constrangimento de uma interação cara-a-cara. Porém, ser ignorado ou rejeitado por meio de uma fonte remota como a internet faz tão mal quanto ser rejeitado em pessoa; as pessoas podem experimentar reações psicológicas semelhantes à exclusão na vida real”, disse um dos autores do estudo, Joshua Smyth, professor de saúde biocomportamental e de medicina, que conduziu experimentos com Kelly Filipkowski, professora de psicologia.

No primeiro estudo, a equipe pediu que mais de 275 estudantes universitários dissessem como se sentiriam em um cenário de exclusão hipotético, no qual eles seriam ignorados durante uma conversa.

Os participantes responderam que achavam que se sentiriam um pouco angustiados e que sua autoestima cairia, independentemente da rejeição ocorrer em uma sala de chat online ou pessoalmente. No entanto, eles esperavam que a exclusão pessoalmente os fizesse sentir-se pior.

No segundo estudo, os pesquisadores configuraram dois cenários em que 77 estudantes universitários (sem saber do que se tratava a pesquisa) foram ignorados durante uma encenação de conversa. Metade dos participantes foi excluída em pessoa, enquanto a outra metade foi excluída online.

Os alunos achavam que estavam participando de uma interação com outros dois alunos para discutir a formação de impressões em ambientes informais. Eles precisavam, depois da conversa, fornecer aos pesquisadores suas impressões sobre si e sobre os outros.

A equipe descobriu que os participantes de ambos os cenários responderam de forma semelhante ao ato de ser excluído. “Ao contrário de nossa expectativa, e da expectativa que os próprios alunos tinham antecipado, a resposta dos alunos a rejeição não foi primariamente caracterizada por angústia, mas sim por entorpecimento e distanciamento ou retirada”, disse Smyth.

“O que achei interessante é que a grande maioria dos participantes atribuiu sua exclusão aos outros indivíduos na sala. Em outras palavras, as pessoas queriam dizer que não era culpa delas, e sim dos outros. Isso pode ser um mecanismo de proteção para o humor e a autoestima”, disse Filipkowski.

Outra conclusão do estudo é que nossa cultura pode não diferenciar as interações pessoais e online tanto quanto nós pensávamos.

Mas isso pode ser positivo também. Interações online expressivas significam que o indivíduo pode melhorar seu bem estar físico e psicológico tendo mais acesso a oportunidades e relações no meio da internet.

No entanto, os pesquisadores advertem que estes resultados podem estar relacionados com os tipos de indivíduos que participaram de seu estudo. “As pesquisas foram realizadas com estudantes universitários que cresceram com a internet e tecnologias relacionadas”, disse Filipkowski. “Os resultados podem não se aplicar a pessoas que têm menos experiência com a tecnologia e comunicação remota”.[ScienceDaily]


andreia caetano piumhi/mg

7 Inesperados efeitos benéficos do Facebook na sua vida

7 Inesperados efeitos benéficos do Facebook na sua vida


A média dos usuários de redes sociais gasta pouco mais de 15 horas por mês no Facebook.

Embora existam estudos demonstrando os danos causados pelo uso excessivo do Facebook, também existem alguns que apontam que as redes sociais podem ser benéficas para a saúde, para o trabalho, para a faculdade e para a vida amorosa.

Confira sete benefícios inesperados do uso de redes sociais, em especial do Facebook:

MELHORA OS BATIMENTOS CARDÍACOS

Estudos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) e da Universidade de Milão (Itália) mostram que o tempo gasto no Facebook pode ajudar as pessoas a relaxar, diminuindo os batimentos cardíacos. O estudo analisou 30 estudantes em três situações: olhando paisagens, resolvendo cálculos complicados e usando o Facebook. A situação mais relaxante foi a primeira, e a mais estressante foi a segunda, mas o tempo gasto no Facebook apresentou altos níveis de atração e excitação.

A descoberta apoia a hipótese que o sucesso do Facebook e outras redes sociais está correlacionado a experiências específicas de estados mentais e físicos positivos dos seus usuários.

PODE AJUDAR A ARRANJAR UM EMPREGO

Muitas empresas estão usando o Facebook para sondar possíveis futuros empregados. Existem especialistas que depois de examinar seu perfil por 5 minutos são capazes de dizer se você é o tipo de pessoa que se enturma bem, quais seus valores, de que maneira você reage e quais seus gostos em livros e filmes.

Em uma avaliação um ano depois da contratação, foi constatado que a avaliação do perfil no Facebook era mais precisa que a maioria dos testes de personalidade e QI.

AUMENTA A AUTOESTIMA

O Facebook permite que as pessoas exponham seu melhor lado, o que elas acham que tem de melhor, e recebam elogios e aprovação por conta disto, o que faz com que a autoestima melhore.

O pesquisador Jeffrey Hanckok, da Universidade Cornell (Reino Unido), aponta que não se trata de autoengano: a imagem que é apresentada é uma versão positiva de si mesmo, não uma imagem falsa. Este foi o primeiro estudo do gênero, apontando benefícios psicológicos no uso do Facebook.

AUMENTA O VALOR DAS AÇÕES

O Facebook não é bom só para a saúde mental e física, também é bom para os investimentos: há uma relação entre a popularidade ou um maior número de pessoas pensando e postando comentários ou dividindo experiências sobre marcas e a performance econômica da marca.

Esta constatação abre um novo mercado potencial para novas aplicações da popularidade em mídias sociais como indicadores econômicos.

AUMENTA A PRODUTIVIDADE

Muita gente pensa que redes sociais só distraem os empregados, mas uma pesquisa feita pelo Keas.com mostra que um intervalo de 10 minutos no Facebook deixa os empregados mais felizes, saudáveis e produtivos.

O estudo comparou três grupos de empregados, um que não tinha permissão para intervalos, um que tinha intervalos onde podia fazer qualquer coisa menos usar a internet, e outro que tinha permissão para usar a internet e o Facebook por 10 minutos. O grupo do Facebook era 16% mais produtivo que o grupo que não podia usar internet e quase 40% mais produtivo que o grupo que não tinha permissão para fazer intervalos.

AJUDA A CONSEGUIR UM DIPLOMA

O Facebook parece ajudar os estudantes a conseguir o diploma que eles querem. Uma pesquisa na Universidade Cristã de Abilene (EUA) mostrou que estudantes que eram mais ativos no Facebook tinham maior probabilidade de voltar no segundo ano de faculdade.

A pesquisa também mostrou que os estudantes que eram usuários ativos do Facebook mostravam mais entusiasmo com o ambiente do curso.

MELHORA SUA VIDA AMOROSA

O Facebook também está no negócio de encontros. Cerca de 60% das pessoas solteiras vão se tornar amigas no Facebook de alguém depois de encontrá-las em pessoa. Se gostarem do que encontraram no perfil, 25% vão entrar em contato pelo Facebook.

Se tudo der certo, cerca de 40% dos usuários adultos de redes sociais vão atualizar seu status de relacionamento primeiro, contra 24% que contam primeiro para seus amigos. Depois dos encontros, o uso do Facebook continua entre os casais, com 79% mandando mensagens ou batendo papo com seus parceiros. E mais de 60% coloca mensagens românticas no perfil de seu par. Depois que o relacionamento termina, mais de metade imediatamente muda o status para solteiro, o que dispara uma notificação para sua lista de amigos que acaba por iniciar outro ciclo de paqueras.[BusinessNewsDaily]

andreia caetano
piumhi/mg