sexta-feira, 26 de junho de 2009

Casamentos problemáticos afectam mais a saúde da mulher


Casamentos problemáticos afectam mais a saúde da mulher
Um estudo indica que mulheres com casamentos problemáticos têm mais hipóteses de sofrer de problemas de saúde como obesidade, hipertensão e colesterol elevado.
A investigação, da Universidade de Utah (EUA), mostra ainda que os homens são menos afectados por esses sintomas, embora tenham os mesmos riscos de sofrer de stress e depressão.

Segundo os cientistas, a diferença entre os géneros deve-se ao facto de que, nas mulheres, o stress e a depressão suscitam problemas de metabolismo, enquanto no homem isso não ocorre.

O professor de psicologia Tim Smith, co-autor do estudo, disse que os efeitos de um mau casamento nas mulheres podem ser comparados aos de uma vida sedentária, em termos de elevação de riscos da síndrome metabólica.

Os investigadores entrevistaram 276 casais, com idades entre 40 e 70 anos, e que estavam casados há uma média de 20 anos. E partiram do «princípio de que os indivíduos que disseram ter mais discussões durante o casamento estariam mais sujeitos à depressão e, por consequência, a doenças cardíacas», disse a investigadora Nancy Henry. «Mas o que descobrimos é que isso era verdade para as mulheres e não para os maridos».

«Estudos anteriores já tinham mostrado que as mulheres são mais sensíveis aos problemas no relacionamento do que os homens. A diferença é que agora vemos que esses problemas podem prejudicar a saúde delas», afirmou Henry. No entanto, Tim Smith lembra que ainda é cedo para dizer que algumas mulheres estariam melhor se deixassem os seus maridos, porque o divórcio também aumenta os riscos de doenças cardíacas.

O professor de psicologia aconselhou a prestar-se atenção «não só prestar aos factores tradicionais que influenciam a saúde do coração (como a hipertensão e o colesterol), como também à qualidade da nossa vida familiar e emocional». Os problemas cardíacos são a primeira causa de morte tanto entre homens quanto em mulheres.

O estudo é apresentado no encontro anual da Sociedade Psicossomática Americana, que começou esta quinta-feira, em Chicago.

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