sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Assine um tratado de paz com a sua sogra

As brincadeiras envolvendo as delicadas relações entre sogras e noras ou genros (foto) são muitas, mas as divergências contínuas podem causar um profundo mal estar e diversos transtornos nos protagonistas destas batalhas familiares. Em alguns casos podem chegar a levar ao divórcio do casal.

Segundo a psicóloga clínica Laura García Agustín, diretora do Centro Clavesalud, os problemas de relacionamento com a nova família estão entre os principais motivos que levam algumas pessoas a procurar ajuda profissional. Frases como "lá vem sua mãe de novo com isso" costumam ser o alerta de que algo não vai bem na relação.

A relação entre pessoas provenientes de ambientes e contextos distintos favorece o choque de valores, crenças, atitudes, normas e comportamentos.

"Cada família tem seu modo particular de levar a vida e seus próprios padrões de comportamento", afirma a psicóloga, autora do livro "Hacemos las paces?".

Quando entra um novo membro na família - a mulher ou o marido - pode haver atritos devido às diferenças de como cada um entende o mundo, ou pelas divergências que existem em matéria de hábitos e costumes.

Geralmente, os confrontos ocorrem principalmente entre sogras e noras. "Isto é bastante fácil de entender, embora inicialmente pareça um pouco estranho", explica García Agustín.

"As sogras são mães e, portanto, protetoras do lar. Quanto maior for o conceito de mãe abnegada que tenta determinar e canalizar a vida dos filhos, maior será a intromissão posterior. Elas se chocam com a nora porque esta é uma mulher como ela, e, por isso, assume as mesmas funções dentro do lar, agora o do seu filho", afirma a psicóloga.

As duas mulheres do homem
Normalmente, as sogras não entram em choque com os genros, porque estes costumam ser mais flexíveis que as noras, ou seja, não desejam responder ou questionar as opiniões ou recomendações da mãe da mulher porque, na maioria das vezes, não são dirigidas a eles.

"Embora os tempos tenham mudado, ainda ocorrem muitos conflitos entre as duas mulheres mais importantes para o homem: sua mulher e sua mãe. Ambas tentarão disputar sua atenção e, em maior ou menor medida, organizar a convivência futura", explica García Agustín.

Felizmente, as sogras e as noras não estão condenadas ao desentendimento eterno. Elas podem aprender a aproximar posições e tentar compreender o outro lado. Com habilidades de comunicação adequadas, podem se tornar mais condescendentes e, com isso, todos saem ganhando.
A primeira coisa que é preciso fazer para aproximar posições é respeitar a opção do outro. Com isso, fica mais fácil entender que o outro tem direito de ter pensamentos diferentes e de agir de uma forma distinta.

Por parte das sogras é fundamental que tentem sugerir um modo de fazer as coisas, mas sem imposições ou chantagens. Obviamente haverá certas atitudes e comportamentos da nora com os quais não compartilhará, mas nem por isso são errados ou devem se tornar o estopim para uma batalha.

"No caso das noras, é importante que não esperem que o marido coloque limites na própria mãe. Se uma mulher se irrita com algo que a sogra faz, ela mesma terá que expressar seu desacordo e marcar pautas a serem seguidas, mas sem envolver o marido", explica a psicóloga.

"Isso porque qualquer tentativa de que o marido tome partido apenas complicará as coisas e gerará mais tensão", adverte García Agustín.

"O que a nora tem que entender também é que a măe do seu companheiro também só quer o bem dele. Colocar-se na posiçăo da outra pessoa é uma 'dica' para perceber se vocę năo está errando a măo na defensiva.

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