quarta-feira, 1 de julho de 2009

Viva o casamento!

Viva o casamento!

Por que eles continuam dizendo "sim"

Amauri Domingos
Os noivos Márcio Hegenberg e Monica no dia do casamento: desejo de oficializar a união apesar da crítica dos amigos

Quando decidiu se casar com a publicitária Monica Humphreys, com quem namorava havia cinco anos, o administrador de empresas paulista Márcio Hegenberg ouviu uma coletânea de informações desagradáveis sobre o casamento. "Só me falavam coisa ruim sobre dividir o mesmo teto", conta. Mas o desejo de fazer tudo como manda o figurino não arrefeceu. Ambos com 32 anos, eles protagonizaram a cena que se repete às centenas, todo fim de semana, no país inteiro. A noiva entrou na igreja, os parentes choraram, o noivo tremeu, eles disseram "sim" e foram declarados casados até que a morte, a infidelidade, o ciúme excessivo, o sexo mal resolvido, as disparidades financeiras ou o puro e simples tédio os separem. Segundo uma pesquisa do Vox Populi encomendada por VEJA, a maioria absoluta dos homens diz que o casamento é parte fundamental em sua vida. Mesmo os solteiros têm uma opinião generosa a respeito do assunto. Entenda as razões:

A PESQUISA VOX POPULI

Por que os entrevistados elogiam o casamento:
Porque ele traz conforto emocional, segurança financeira e felicidade, além de conferir um certo status.

Homens e mulheres têm a mesma opinião sobre o assunto?
Sim, homens e mulheres acham que as pessoas casadas são mais respeitadas no trabalho e na vida em família.

A rotina do casamento não incomoda?
Sim, mas nenhum dos homens entrevistados diz imaginar a rotina sem uma mulher ao lado. A maioria afirmou que, caso se separasse, provavelmente se casaria de novo.

ESTATÍSTICAS

40% das uniões terminam em divórcio

A separação ocorre por volta do 10º- ano de casamento, diz o IBGE

Os que se casam no papel permanecem mais tempo unidos do que aqueles que simplesmente moram juntos

80% dos casados oficialmente permanecem juntos depois de cinco anos

10% dos casais que moram juntos vão continuar assim depois de cinco anos

75% dos separados se casam pela segunda ou terceira vez

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Durante vinte anos, a socióloga americana Linda Waite, da Universidade de Chicago, estudou o casamento. Um dos pontos mais interessantes do trabalho foi a constatação de que o matrimônio faz bem para a saúde, as finanças e o emocional das pessoas. Para os homens, sobretudo, as vantagens são indiscutíveis. O casamento reduz até a probabilidade de o homem ser traído. A pesquisa lista vários pontos em que a união melhora notavelmente o estilo de vida masculino. Alguns deles:

Saúde: Estatisticamente, o casado corre menos risco que o solteiro de cair em depressão, abusar do álcool e das drogas, sofrer um acidente de carro ou cometer suicídio.

Vida social: A natureza da mulher é mais gregária. É ela quem costuma organizar encontros e saídas com amigos e familiares. Sozinho, o homem tende a se fechar e a se afastar de círculos sociais considerados saudáveis.

Vida emocional: No que diz respeito à fidelidade, solteiras ou "juntadas" têm até oito vezes mais probabilidade de trair seu companheiro do que uma casada de trair seu marido.

Vida sexual: Acredite se quiser: eles fazem mais sexo que os solteiros – 43% dos casados declaram manter relações sexuais duas vezes por semana, freqüência alcançada por apenas 26% dos solteiros.

Finanças: Eles têm mais dinheiro que os solteiros. Os casados recebem, em média, salário 20% maior que o dos desimpedidos. E poupam mais. A média de economias de um casado, quando ele chega à aposentadoria, é quase três vezes maior que a de solteiros e divorciados.

Trabalho: Eles são mais produtivos que os solteiros. Consultorias de RH atribuem o fato à obrigação de prover a família.

Longevidade: Eles vivem mais. Nove entre dez homens que chegam casados aos 48 anos vão completar 65 anos. Isso só acontece com seis entre dez solteiros.

Felicidade: Eles se declaram mais felizes. As alegrias da vida de solteiro costumam ser potencializadas. Em geral, 40% dos casados afirmam em pesquisas estar "absolutamente felizes", comparados com apenas 25% dos solteiros e divorciados.



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